Milho e Sorgo

Tensões comerciais impactam mercado e pressionam preços do milho em Chicago

B3 inicia pregão com oscilações enquanto tarifas globais pesam sobre cotações


Publicado em: 14/03/2025 às 10:40hs

Tensões comerciais impactam mercado e pressionam preços do milho em Chicago

Os contratos futuros de milho iniciaram a sexta-feira (14) com oscilações na Bolsa Brasileira (B3), refletindo a instabilidade do mercado. Por volta das 10h07 (horário de Brasília), as principais cotações variavam entre R$ 71,54 e R$ 89,60.

O contrato para março/25 registrava alta de 0,64%, sendo negociado a R$ 89,60. Já o vencimento para maio/25 recuava 0,19%, cotado a R$ 79,54. O julho/25 apresentava queda de 0,43%, a R$ 72,00, enquanto o setembro/25 operava com baixa de 0,50%, a R$ 71,54.

Pressão externa derruba preços em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o mercado internacional do milho iniciou o dia em queda, com recuos expressivos nos principais contratos. Por volta das 09h44 (horário de Brasília), o vencimento para março/25 era negociado a US$ 4,43, com desvalorização de 10,25 pontos. O contrato de maio/25 registrava queda de 4,25 pontos, a US$ 4,61, enquanto o julho/25 recuava 3,25 pontos, sendo cotado a US$ 4,69. O setembro/25, por sua vez, operava a US$ 4,45, com perda de 1,50 pontos.

De acordo com o portal internacional Successful Farming, os contratos futuros de grãos sofreram desvalorizações em meio a preocupações sobre a escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e seus principais parceiros econômicos.

Na última quarta-feira, o ex-presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre as importações globais de aço e alumínio, o que gerou novas turbulências nos mercados financeiros. Em resposta, a União Europeia anunciou tarifas sobre US$ 28 bilhões em produtos norte-americanos, incluindo uma taxa de 50% sobre algumas bebidas alcoólicas. Trump, por sua vez, prometeu retaliar com uma tarifa de 200% sobre bebidas alcoólicas europeias.

As medidas protecionistas também afetam diretamente o Canadá, maior exportador de aço e alumínio para os Estados Unidos, que sofrerá uma tarifa geral de 25% a partir de 2 de abril. O governo canadense reagiu com taxas de 25% sobre cerca de US$ 30 bilhões em produtos americanos.

O México sinalizou que adotará medidas retaliatórias caso as tarifas norte-americanas sejam aplicadas a seus produtos, enquanto a China já elevou impostos sobre importações dos EUA, após Washington dobrar as tarifas sobre itens chineses para 20%.

Diante desse cenário de incertezas no comércio global, os investidores seguem atentos aos desdobramentos das disputas tarifárias e seus impactos sobre o mercado agrícola.

Fonte: Portal do Agronegócio

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