Milho e Sorgo

Produção de milho em MT deve alcançar 14,6 milhões de toneladas

As boas condições climáticas durante o desenvolvimento da cultura do milho em Mato Grosso devem favorecer o aumento da produção na safra 2012/2013


Publicado em: 23/04/2013 às 10:20hs

Produção de milho em MT deve alcançar 14,6 milhões de toneladas

Anteriormente prevista para 13,29 milhões de toneladas, a estimativa de safra do milho feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mudou e aumentou para 14,64 milhões de toneladas. Porém, este volume não deve ultrapassar o da safra 2011/2012, quando Mato Grosso produziu 15,58 milhões de toneladas. Os dados foram apresentados durante o lançamento da Expedição Milho Brasil, nesta segunda-feira (22), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). O projeto vai visitar lavouras de milho de cinco estados brasileiros, incluindo Mato Grosso, para discutir as variáveis da cadeia produtiva do grão que vão impactar de forma decisiva no mercado interno e na exportação.

No ano em que a produção brasileira de milho deve bater recorde, devendo ser colhidas 73,6 milhões de toneladas, sendo mais da metade deste total somente na segunda safra (37,3 milhões de toneladas), as atenções se voltam para o mercado internacional e para a safra dos Estados Unidos. Segundo as primeiras estimativas do USDA, os americanos devem colher 360 milhões de toneladas de milho. Um dos grandes desafios do Brasil é manter o desempenho positivo nas exportações do grão. Em 2012, o país exportou cerca de 20 milhões de toneladas do cereal, mais do que o dobro do volume embarcado em 2011. O status de segundo maior exportador de milho do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, foi conquistado devido aos problemas climáticos enfrentados pelos norte-americanos na temporada passada.

De acordo com o superintendente do Imea, Otávio Celidonio, a expectativa é de que daqui a 10 anos o milho seja produzido em maior escala do que a soja no Brasil. Mas isso ainda depende das discussões em torno desta cultura. O Brasil, segundo o dirigente do Imea, tem um enorme potencial a ser explorado. "Existe uma vasta área onde o milho pode ser cultivado e tecnologias que elevam ainda mais esse potencial. Por esses motivos temos que debater como desenvolver o mercado interno e externo para toda essa produção que está sendo esperada nos próximos anos. Vamos ao campo para tentar responder isso. Avaliaremos questões agronômicas, tecnológicas, estatísticas e principalmente de mercado. Estamos falando de oportunidade, mas também de desafios da cadeia produtiva do milho no Brasil", explica Celidonio.

Segundo o coordenador da Expedição Milho Brasil, Giovani Ferreira, a cultura do milho no país vive um momento bastante delicado. O sucessivo crescimento da produção causa um volume excedente entre consumo e demanda de 20 milhões de toneladas. "Do total de 73,6 milhões de toneladas produzidas neste ciclo, 50 milhões vai para consumo interno, principalmente a avicultura. Mas é preciso conquistar mercado internacional para dar vazão a essa produção excedente. No ano passado, o Brasil exportou 20 milhões de toneladas, o dobro de 2011, mas isso foi possível por conta da quebra da safra dos Estados Unidos, maior exportador de milho do mundo. Porém neste ano a expectativa é de que os norte-americanos recuperem a produção, podendo colher até 360 milhões de toneladas", comenta Ferreira.

Além da incerteza do mercado externo, o milho ainda enfrenta outros gargalos. Um dos principais é a falta de armazéns. O assunto é uma das pautas que a Famato enviou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para compor o Plano Safra 2013/2014. "Nossa solicitação foi uma linha de crédito específica para armazenagem, com prazo de pagamento entre 15 e 20 anos, com taxa de juros de 3% ao ano. Estamos confiantes que seremos atendidos, pois o Governo Federal tem visto que sem logística e armazenagem não há condições de manter a produção de grãos no Brasil", comenta o diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FAMATO

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