Publicado em: 10/04/2013 às 15:00hs
Aproximadamente 11% a mais em relação ao atingido na safra anterior (15,6 milhões). A área destinada a cultura é de aproximadamente 3,3 milhões de hectares (incremento de 23,4% ante a passada), já a produtividade calculada é de 5.122 kg/ha (alta de 10% quando feito o mesmo comparativo).
Em Mato Grosso, principal produtor do milho segunda safra, a Conab lembrou que ocorreu atraso no processo de plantio devido as chuvas que impedirem a colheita da soja. No levantamento anterior da companhia, com base nas informações apuradas na segunda quinzena de fevereiro, chegou-se a estimar que em algumas regiões produtoras iria ocorrer uma redução na intenção de plantio devido a diminuição do prazo recomendado e, deste modo, contribuiria para cessão de áreas para outras lavouras.
Porém, o que se verificou foi a intensificação do plantio do milho safrinha, avançando até a segunda quinzena de março, fora do período ideal. Na ocasião, os preços do milho se mostravam atrativos em relação a outros produtos, além de se apresentarem como uma excelente alternativa ao cultivo do feijão, que sofreu reduções significativas em sua área em função da forte incidência da praga “mosca branca”.
Apesar de existir risco de redução na produtividade devido ao plantio fora do período ideal, a Conab acredita que as boas condições climáticas em todos os estados produtores criam a expectativa de bons rendimentos no decorrer do desenvolvimento das lavouras.
Nacionalmente, a área destinada ao milho (somando 1ª e 2ª safras) está calculada em 15,6 milhões de hectares. Já a produção está estimada em 77,4 milhões de toneladas, representando uma evolução de 6,1% em relação à obtida no ano passado.
Oferta e demanda
O quadro de oferta e demanda de milho reflete um estoque inicial ajustado para a safra 2012/13 de 5,9 milhões de toneladas, sendo uma resultante de uma exportação realizada de fevereiro de 2012 a janeiro de 2013 de 22,3 milhões de toneladas, ou seja, um recorde no que diz respeito à produção do cereal no país e um consumo anual de 51,5 milhões de toneladas. Porém, diante de uma nova grande safra, estimada em 77,4 milhões de toneladas, em função do aumento da área plantada em estados importantes, como o Mato Grosso, e com a expectativa de aumento de produção da safra norte americana, a participação nacional no mercado externo tende a diminuir, devido ao alto custo logístico brasileiro (o que diminui sua competitividade), mantendo-se um volume de 15 milhões de toneladas de exportação para a safra 2012/13. Assim, poderá haver uma disponibilidade de 16,6 milhões de toneladas para o estoque de passagem da safra atual, o que fatalmente interferirá nas cotações do cereal a partir do segundo semestre deste ano.
Fonte: Só Notícias
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