Publicado em: 16/08/2012 às 18:20hs
Ainda há dúvidas sobre o volume final da safra e a perda pode ser maior do que a anunciada até agora. No caso do milho, são 102 milhões de toneladas perdidas em relação à estimativa inicial.
Com isso, "os preços continuarão subindo, pelo menos enquanto persistirem as dúvidas sobre o real tamanho da produção norte-americana de grãos".
A avaliação é de Giovanna Siniscalchi, economista e analista de commodities do banco Itaú.
Na avaliação dela, o preço de milho -produto mais afetado pela seca- poderá ter alta adicional de 30% até o final do ano. Nesse mesmo período, a soja subiria cerca de 10%.
A oleaginosa foi menos afetada pela seca e ainda há tempo para a recuperação da produtividade, desde que o clima favoreça. No caso do milho, a quebra da safra é irrecuperável.
O mercado internacional está de olho, agora, na América do Sul, cujo plantio começa em breve. O problema é que, se setembro continuar seco, poderá haver atraso no plantio, afirma Giovanna.
Além do fator climático, o mercado vai ser afetado pela demanda, que, apesar de dois meses de preços altos, ainda não deu sinais de queda, diz a analista do Itaú.
O mercado só ficará estabilizado com a safra elevada na América do Sul, uma vez que a demanda continua alta e os estoques são baixos.
Fonte: Folha de São Paulo
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