Publicado em: 26/06/2012 às 12:10hs
As cotações do milho estão pressionadas no Brasil em meio ao avanço de uma grande colheita no país, que segue adiantada em relação ao ano anterior, apontou a Céleres nesta segunda-feira.
"As notícias de boa evolução da safra de inverno no Brasil com a possibilidade de uma colheita recorde e o baixo desempenho das exportações até o mês de maio/12 estão proporcionando forte pressão aos preços", disse a consultoria em seu relatório semanal.
Segundo o levantamento, o preço médio nacional recuou para 21,80 reais por saca de 60kg em junho, contra 22,50 reais por saca no mês anterior, por ter registrado desaceleração em todas as praças consultadas.
A consultoria pesquisou preços nas seguintes praças de referência: Rio Verde (GO), Rondonópolis (MT), Maringá (PR), Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS).
O valor mais baixo foi registrado em Rondonópolis, Mato Grosso, grande produtor de milho safrinha, onde o preço médio recuou para 15,80 reais por saca, baixa de 7,6 por cento ante mês anterior.
A colheita da safra de inverno segue à frente ante igual período do ano passado, com os trabalhos adiantados no Paraná e Mato Grosso, os maiores produtores do grão no país.
Em Mato Grosso, Estado no qual a colheita está mais avançada, já foram colhidas 8 por cento das áreas cultivadas, contra 5,6 por cento em igual período do ano passado. Na semana o incremento de três pontos percentuais.
No Paraná, foram colhidas 6 por cento das lavouras de segunda safra, contra 4,9 por cento em igual período do ano passado. Até a segunda quinzena de junho, haviam sido colhidas 4,3 por cento do total semeado.
A consultoria alerta que o cenário para os preços pode se agravar para o produtor porque ainda falta ao Mato Grosso, o maior produtor de safrinha, comercializar ao menos cinco milhões de toneladas de milho desta segunda safra.
A Céleres ressalta que possível intervenção do governo federal para conter a forte queda das cotações, abaixo de preço mínimo, não foi oficializada.
Sobre as exportações, a consultoria prevê uma melhora no volume escoado em junho, em vista do número de caminhões que tem escoado o produto para principais portos brasileiros. O dado da Secretaria de Comércio Exterior sai na próxima semana.
Fonte: Reuters
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