Publicado em: 26/04/2012 às 16:30hs
Com toda expectativa em torno do milho safrinha, após a quebra na safra de soja no estado, pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) alertam para a necessidade de cuidados básicos com a lavoura. O mais importante é o monitoramento de pragas e doenças.
Segundo o pesquisador Antônio Gerage, o fato da maior parte do milho plantado no Paraná ser transgênico não assegura a imunidade a todas as pragas. “O milho geneticamente modificado é resistente a algumas delas, como a lagarta do cartucho, a broca da cana e a lagarta da espiga, mas outras não”, afirma. Uma delas, de acordo com ele, é o percevejo que afeta diversas plantas. “Muitas pragas que até então eram secundárias estão ganhando força, como o pulgão e o até o ácaro. Dai a necessidade de monitorar a lavoura para saber o momento certo de aplicar agrotóxico”, salienta.
O pesquisador Pedro Shioga faz um alerta sobre custos elevados com agroquímicos. “É preciso lembrar que milho safrinha é cultura de risco, tendo em vista diversos fatores como geada e falta de chuva”. Assim, sugere o pesquisador, é preciso reduzir ao máximo os gastos. “Se o produtor tiver prejuízo, que seja menor”, diz. Ele ressalta que o mês de abril foi excelente para o safrinha, com chuva, temperatura e umidade na medida certa, mas a colheita ainda vai levar uns meses e, nesse intervalo, a situação pode mudar. Segundo o Simepar, a partir de maio o risco de geadas atinge todas as regiões paranaenses.
Gerage cita dados da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab) para mostrar que 75% das lavouras no estado estão em boas condições. “63% está na fase de desenvolvimento vegetativo, quando aparecem as principais pragas e doenças, então todo cuidado é pouco. Depois que a planta atingiu certa altura, fica difícil entrar com máquina e fazer aplicação de agrotóxico”, reforça. A melhor alternativa, diz ele, é monitorar também para evitar doenças, como a pinta branca, a mancha de cercóspora e a ferrugem. Eles lembram que existem híbridos com resistência a doenças, mesmo assim, o monitoramento é indispensável.
Fonte: IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná
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