Milho e Sorgo

Milho: área da safra de verão deve recuar 15,4% em 2012/13

A área plantada com milho na safra de verão 2012/13 deverá recuar 15,4%, ocupando 5,012 milhões de hectares, contra 5,925 milhões cultivados no ano anterior


Publicado em: 08/10/2012 às 12:00hs

Milho: área da safra de verão deve recuar 15,4% em 2012/13

A projeção faz parte de levantamento divulgado nesta sexta por SAFRAS & Mercado. Contando com uma produtividade de 5.546 quilos por hectare – 4.873 em 2011/12 -, a produção da safra de verão poderá ficar em 27,801 milhões de toneladas, contra 28,874 milhões do ano passado e 28,113 milhões da estimativa inicial.

Para a segunda safra, o levantamento indica uma queda de 9,3% na área plantada, que totalizaria 6,313 milhões de hectares, contra 6,963 milhões da temporada passada. Com rendimento estimado em 5.411 quilos por hectare (5.401 da safra anterior), a produção chegaria a 34,157 milhões de toneladas, contra 37,614 milhões em 2011/12 e 33,975 milhões da previsão anterior de SAFRAS.

Contando ainda com uma produção total de 5,939 milhões de toneladas das regiões Norte e Nordeste, a safra brasileira deverá ficar em 67,895 milhões de toneladas, recuando 6,14% na comparação com a 72,336 milhões de toneladas em 2011/12. A área total deverá ocupar 13,18 milhões de hectares, com queda de 11,1%.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, os produtores estão condicionados a plantar uma safra maior de soja em detrimento do milho. Mesmo com os ótimos patamares de preços registrados neste ano, a competição com a soja nos negócios de safra nova promove um corte importante de área a ser plantada. Trata-se agora apenas de uma confirmação dos percentuais até o final do plantio.

“O fator inicial desta safra 2012/13 é de que já houve um atraso considerável de plantio. Não se pode necessariamente comparar apenas com 2011/12, pois também no ano passado houve atrasos. Portanto, são duas safras plantadas um pouco mais tardiamente, no milho. Em 2012, a colheita do milho praticamente se iniciou em março e houve dificuldades para o mercado se abastecer no primeiro trimestre”, explica Molinari.

Para Molinari, este é um dado a ser considerado como relevante daqui para frente. Depois, as lavouras mais precoces no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, poucas, mas, existentes, foram atingidas pela surpreendente geada tardia de setembro. Isso vai provocando replantio nestas lavouras mais precoces. “Em outras palavras, as lavouras que seriam colhidas mais precocemente em fevereiro praticamente terão que ser replantadas. Muitas apresentaram poucos danos, mas, o frio certamente atrasou o ciclo de desenvolvimento da planta e se tivermos um período de verão chuvoso, como é característica do El Nino, esta colheita poderá atrasar um pouco mais”, completa.

Fonte: Safras & Mercado

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