Milho e Sorgo

Milho: ônus de se tornar uma commodity

Mato Grosso está ainda na contagem regressiva para a colheita do milho safrinha 2012, que deve ter início a partir do final deste mês, e o cereal já sente o peso da especulação


Publicado em: 22/05/2012 às 15:50hs

Milho: ônus de se tornar uma commodity

Cultura de segunda linha, até há alguns anos, agora se vê às voltas de estratégias que possam atenuar as altas sobre os preços de defensivos e fertilizantes. O ônus de virar ‘grande’ é que a cada aumento mais tecnologia se demanda e isso tudo tem um custo. Plantar milho deixou de ser uma opção de rotação para não deixar a terra parada para ser transformar em commodity que requer planejamento.

O ‘bonde dos custos’, como foi definido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu Boletim Semanal, divulgado ontem, é uma realidade à cultura. O último levantamento realizado pelo Imea apontou para um aumento, principalmente, nos preços dos insumos, financiamento e assistência técnica. “Os maiores aumentos foram visualizados nos defensivos e fertilizantes, 5,9% e 3,2%, respectivamente, que ficaram mais caros para todas as culturas de Mato Grosso”.

No mês passado, com R$ 826,38/ha conseguia-se comprar os insumos, no entanto neste mês esse valor passou para R$ 846,67/ha. Adicionando o custo com assistência de um agrônomo a média aumenta em R$ 0,20/ha (2,5%) e as taxas de juros fizeram com que o financiamento da safra aumentasse R$ 1,76/ha (2,4%). “Como o mercado do cereal que será colhido na safra 2011/12 enfraquece a cada dia, e o dinheiro desta safra atual que fará a safra seguinte, todo estudo e planejamento sobre os custos merecem atenção”, destaca o Boletim.

O custo para a próxima safrinha de milho, por enquanto, não aumentou tanto, pois atingiu R$ 1.545,41/ha ante os R$ 1.534,41 do mês passado, alta de 0,7%, “mas essa tendência de alta deve ser observada e acompanhada para não ‘perder o bonde’”.

Fonte: Diário de Cuiabá

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