Com isso, a disponibilidade interna (estoque inicial + produção, sem considerar as eventuais importações) será mais de 30% superior à registrada, por exemplo, no ano passado.

Já em relação à demanda interna e externa, a CONAB prevê reduções. Que, pelo menos em relação às exportações, não são admitidas por outros órgãos. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), por exemplo, estima que no ano que vem o Brasil deve exportar não menos que 19 milhões de toneladas de milho, colocando-se assim como o segundo exportador mundial do produto.

No tocante ao consumo interno, a CONAB visualiza aquela que pode ser a primeira redução deste século. Neste caso, seus números sugerem que após se expandir a uma média anual superior a 4% entre 2009 e 2012, o consumo interno do ano que vem deve recuar cerca de 1,5%.

Ainda que não necessariamente, isso pode significar menor disponibilidade interna de alimentos de origem animal (o principal segmento consumidor do grão), algo absolutamente contraditório em se tratando de momentos de superprodução do grão. Pior ainda é saber que essa queda, se ocorrer, estará sendo causada por fatores externos.