O grande volume de exportações dos últimos meses fez com que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisse sua estimativa de exportação do grão para 19 milhões de toneladas. Atualmente, 11,270 milhões de toneladas do grão já deixaram o país, número que corresponde a 59% do previsto pela Conab para até junho de 2013.

Para o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, as cotações devem permanecer sustentadas pela demanda do milho brasileiro, em função da retração dos embarques dos EUA. Enquanto estoques de passagem do Brasil devem ficar em 8 milhões de toneladas.

Em Guarapuava, no Paraná, os contratos de milho são realizados a preços entre R$28 e R$29, enquanto saca disponível é negociada a R$31. Segundo o cerealista Beto Xavier as exportações do cereal têm diminuído oferta no mercado físico. Mato Grosso do Sul seria o principal ofertante do grão atualmente.

O atraso no plantio da soja em regiões do Mato Grosso e Goiás, além da quebra na produção do sul do Brasil em função de problemas climáticos podem diminuir produção na segunda safra. Para Porto, ainda é cedo para especular sobre o plantio da safrinha. No entanto, diretor se mostra preocupado com concentração do cultivo na segunda safra. Porto defende políticas de incentivo ao plantio de verão do milho, a fim de aumentar concorrência do grão com a soja.