Publicado em: 11/04/2025 às 11:00hs
Os preços do milho continuam elevados no Rio Grande do Sul, segundo informações da consultoria TF Agroeconômica. A escassez de oferta e a ausência de alternativas têm levado os compradores a aceitarem as condições impostas pelos vendedores. As negociações seguem limitadas, com valores oscilando entre R$ 76,00 e R$ 82,00 por saca para entregas ao longo de abril. Em Panambi, no entanto, o preço da saca no mercado de pedra recuou para R$ 67,00.
Em Santa Catarina, a comercialização de milho continua praticamente paralisada. A TF Agroeconômica aponta que esse cenário deve persistir enquanto os produtores estiverem focados na colheita da soja. Ainda assim, a entrada da segunda safra ou alterações nos preços podem estimular uma retomada nas negociações nos próximos dias. No mercado portuário, foram observados preços entre R$ 72,00 por saca para entrega em agosto (com pagamento em 30 de setembro) e R$ 73,00 para entrega em outubro (com pagamento em 28 de novembro).
No Paraná, o mercado de milho apresenta ritmo lento, com os produtores ainda concentrados na colheita da soja, o que limita a comercialização do cereal. De acordo com a TF Agroeconômica, essa situação repete o padrão observado em Santa Catarina. Os preços registraram leve queda em relação ao dia anterior. Para entregas previstas até março de 2025, com pagamento no fim do mês, a referência nas negociações na região dos Campos Gerais é de aproximadamente R$ 76,00 por saca na modalidade FOB.
No Mato Grosso do Sul, o mercado spot de milho registra oscilações regionais nos preços. Em Dourados, a saca é negociada em torno de R$ 74, valor semelhante ao encontrado em Campo Grande e Caarapó. Já em Maracaju e Sidrolândia, os preços recuaram para R$ 73 e R$ 72, respectivamente. Em São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul, o cereal é comercializado por cerca de R$ 70 por saca.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros de milho encerraram a quinta-feira (10) em alta, impulsionados pelo bom desempenho na Bolsa de Chicago (CBOT) e pela valorização do dólar. O contrato com vencimento em maio de 2025 superou os R$ 80,00, fechando cotado a R$ 80,57 — alta diária de R$ 1,01 e acumulado semanal de R$ 3,94. Já os vencimentos de julho e setembro de 2025 fecharam em R$ 72,48 (+R$ 0,30) e R$ 72,20 (+R$ 0,37), respectivamente.
O movimento altista também foi estimulado pelos dados atualizados de produção. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve a projeção da safra brasileira em 126 milhões de toneladas. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa em 1,6%, chegando a 124,7 milhões de toneladas para a temporada 2024/25. Mesmo assim, o consumo interno do cereal segue em alta, o que sustenta a demanda firme no mercado doméstico.
Nos últimos dias, o mercado apresentou maior movimentação, com compradores recompondo seus estoques à espera da entrada do milho safrinha. Paralelamente, vendedores têm aproveitado as oscilações de preços para fechar negócios mais vantajosos, cenário que tem contribuído para maior liquidez nas negociações.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de milho encerraram o dia em alta. O vencimento de maio subiu 1,90%, ou 9,00 cents por bushel, atingindo US$ 483,00. Já o contrato para julho avançou 1,66%, ou 8,25 cents por bushel, encerrando em US$ 488,50. O impulso veio com a divulgação do relatório WASDE do USDA, que apontou estoques finais menores nos Estados Unidos e no mercado global, além de previsão de aumento nas exportações e redução no uso para ração e resíduos na safra 2024/25.
Fonte: Portal do Agronegócio
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