Publicado em: 06/12/2024 às 18:40hs
O mercado brasileiro de milho registrou uma reação nos preços ao longo da semana, com uma recuperação no interesse dos compradores e uma postura mais cautelosa por parte dos produtores, que passaram a limitar as ofertas de venda. De acordo com a Safras Consultoria, embora os preços estivessem cedendo um pouco, com indicações de melhora nas ofertas, a recente escalada do câmbio fez com que a disponibilidade do cereal voltasse a se ajustar.
Em São Paulo, os consumidores se mostraram mais ativos na busca por lotes de milho, embora a proximidade das férias coletivas de final de ano de muitas empresas possa reduzir a liquidez no mercado. Dependendo da demanda, os compradores podem ser forçados a agir com mais firmeza antes do término do ano.
No curto prazo, os principais pontos de atenção do mercado devem envolver a paridade dos portos, o câmbio e o clima, que afeta o desenvolvimento do milho no Brasil e em outros países da América do Sul.
No cenário internacional, após um desempenho negativo nas primeiras partes da semana, a Bolsa de Chicago registrou recuperação no dia 5 de dezembro, impulsionada por sinais de uma demanda aquecida pelo milho norte-americano. A expectativa agora recai sobre o relatório de oferta e demanda de dezembro, que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na próxima semana.
Em relação aos preços internos, o valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 72,17 no dia 5 de dezembro, registrando uma leve alta de 0,2% em comparação com a semana anterior, quando o preço foi de R$ 72,02. Em Cascavel, Paraná, o preço da saca de milho subiu para R$ 70,00, um aumento de 1,45% em relação a outubro.
Outras variações regionais incluem:
No setor de exportações, o Brasil registrou receita de US$ 985,06 milhões com vendas de milho em novembro, em 19 dias úteis, com uma média diária de US$ 51,85 milhões. O volume total exportado foi de 4,726 milhões de toneladas, com uma média diária de 248,755 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 208,40.
No entanto, comparado ao mesmo período de 2023, houve uma queda de 41,3% no valor médio diário das exportações, uma perda de 36,2% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 8% no preço médio da tonelada, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias