Milho e Sorgo

Lavouras de milho apresentam bom desenvolvimento no RS

As lavouras de milho, que anteriormente sofreram com o clima, começam a dar sinais de reação apresentando bons desenvolvimentos. Segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, as precipitações periódicas e fartas, a alta insolação e as temperaturas elevadas possibilitaram a evolução rápida no crescimento, acelerando a precocidade do ciclo


Publicado em: 06/11/2012 às 13:40hs

Lavouras de milho apresentam bom desenvolvimento no RS

Em algumas regiões, porém, o início de floração (pendoamento) mais precoce e com estatura menor de planta poderá acarretar menor produtividade final. Nas áreas em que houve necessidade de ressemeadura, há boa germinação. Muitas áreas ainda estão sendo periciadas para o seguro do Proagro e produtores que tiveram áreas atingidas poderão implantar soja no lugar do milho.

O trabalho de semeadura da lavoura do arroz manteve o ritmo evoluindo razoavelmente em mais 13 pontos percentuais, mas mantendo o atraso em relação aos anos anteriores, em decorrência das chuvas intensas. Em algumas regiões, poderá haver atraso no final do plantio da atual safra. Em contrapartida, essas últimas chuvas melhoraram as reservas de água para o desenvolvimento da lavoura. Alguns produtores, em razão do atraso do plantio do arroz, estão migrando áreas para a lavoura da soja, que deverá ser implantada em breve.

As chuvas de granizo e as precipitações excessivas no período de frutificação estão refletindo na produtividade e na qualidade do trigo colhido. As produtividades apresentam grandes oscilações, variando desde 5 sacas por hectare a 45 sacas por hectare, dependendo da localização da lavoura, da época de semeadura e do cultivar semeado. Muitas áreas colhidas apresentam grãos germinados na espiga e também o chamado “triguilho”, ocasionando o não recebimento pelas cerealistas. O peso hectolitro (PH) está variando entre 65 e 82 no Rio Grande do Sul (segundo as normas do grão, a tipificação varia entre os valores mínimos de 78 para o tipo 1; de 75 para o 2 e de 72 para o 3, abaixo de 72, é considerado fora de tipo). O produto colhido com PH baixo está servindo apenas para ração.

Os ventos constantes ainda na primeira quinzena de setembro, que incidiram sobre todas as regiões produtoras de uvas, afetaram principalmente as variedades de brotos mais eretos e fracos de inserção, como a niágara. Vinhais desse cultivar, estabelecidos em locais mais expostos à ação mecânica, já perderam um terço da brotação apenas por esse fenômeno meteorológico. Esses mesmos ventos e as baixas temperaturas noturnas de setembro condicionaram forte incidência de antracnose, obrigando viticultores a aumentar o número de tratamentos para seu controle; por sua vez, esses mesmos fatores vêm resultando na quase total ausência do míldio, principal e mais devastadora moléstia da viticultura gaúcha. Na região Norte, a estimativa de perdas atingem patamares de 50%, principalmente pelas geadas tardias. Muitos viticultores estão solicitando periciamento dos vinhedos no intuito de acionar os programas de cobertura de perdas.

Na região serrana, iniciou a colheita das cebolas superprecoces, com bulbos de ótimo calibre e sanidade, refletindo-se em boas produtividades. Procura e cotação entusiasmam cebolicultores, efetivando bons negócios com o produto recém-colhido e na propriedade, por meio de valoração média de R$ 1,50 o quilograma. Nessa mesma região, as lavouras da principal variedade cultivada - crioula -, por ser tardia, vêm retomando gradativamente seu desenvolvimento normal, muito prejudicado pelas intempéries, porém, mantém muito boa sanidade e está livre de ataques de pragas. Na zona Sul e no litoral médio também principia a colheita, com bulbos de boa sanidade e calibre abaixo da média de safras normais.

O rebanho ovino do Estado, de maneira geral, apresenta boas condições nutricionais devido à oferta abundante de alimentos, tanto em quantidade quanto em qualidade. Nesse aspecto, as condições climáticas deste início de primavera, caracterizadas pela elevação das temperaturas e ocorrência normal de chuvas, propiciaram condições favoráveis ao aumento da oferta de forrageiras, tanto naturais como cultivadas. Diante dessas condições, os animais, especialmente as ovelhas de cria que recentemente pariram, restabelecem rapidamente suas condições corporais, assim como favorecem o desenvolvimento dos cordeiros recém-nascidos.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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