Os produtores goianos planejavam cultivar perto de 700 mil hectares do cereal no próximo ciclo, mas agora estão refazendo as contas.

Bartolomeu Braz, que planta 3,5 mil hectares de soja em Goiatuba, conta que pretendia destinar 700 hectares ao milho de inverno. "Não conseguimos adiantar o plantio em outubro e vamos até dezembro. Vou arriscar 200 hectares no milho." As sementes adquiridas começam a ser devolvidas aos fornecedores.

O relato de Bartolomeu Braz se repete nas regiões que estão sendo visitadas pela Expedição Safra em Goiás. A avaliação dos técnicos e produtores é que o plantio da soja voltou a seu período normal. Eles afirmam que não há atraso, se for considerada o zoneamento agrometeorológico.

"As primeiras áreas plantadas sofreram com a falta de chuva. O plantio foi suspenso e a lavoura já implantada ficou sem umidade suficiente. Nos piores casos, está havendo replantio. São casos pontuais que, dependendo do andamento da safra, não vão reduzir o potencial de produção da soja", avalia o agrônomo José Rodolfo Costa, da Ceagro Los Grobbo, que acompanha a Expedição Safra.