Publicado em: 25/03/2025 às 10:40hs
O mercado do milho continua apresentando oscilações nos estados brasileiros, com as condições de oferta e demanda variando conforme a localidade. No Rio Grande do Sul, a escassez do cereal é um desafio. Segundo a TF Agroeconômica, a limitação na oferta é atribuída ao foco dos produtores e armazenadores na safra de soja, resultando em preços definidos pelos vendedores. Mais de 55% da colheita já foi comercializada no estado. No interior, os preços variam entre R$ 75,00 e R$ 80,00 por saca para abril, enquanto em Panambi, os valores permanecem em R$ 69,00.
Em Santa Catarina, os preços são mais elevados, com cooperativas locais pagando R$ 70,00 em Campo Alegre, R$ 69,00 em Papanduva, R$ 71,00 no oeste e também na região serrana. Nos portos, os preços para entrega em agosto variam entre R$ 72,00 (com pagamento em 30 de setembro) e R$ 73,00 para entrega em outubro (com pagamento em 28 de novembro), conforme o relatório da consultoria.
No Paraná, a precificação do milho permanece estável ou registra leve queda com o avanço da colheita. As ofertas para o milho spot giram em torno de R$ 72,00 por saca no interior. Para a safrinha, os compradores no Porto de Paranaguá estão oferecendo R$ 69,50 para entrega em agosto (pagamento em 30 de setembro), R$ 70,50 para setembro (com pagamento em 30 de outubro), R$ 71,50 para outubro (com pagamento em 30 de novembro) e R$ 72,30 para novembro (com quitação em 30 de dezembro).
No Mato Grosso do Sul, os preços oscilaram durante a semana. As cotações se mantiveram estáveis em Campo Grande e Maracaju, enquanto em Chapadão houve uma queda de 3,14%, com o milho cotado a R$ 73,61. Em Dourados, o cereal subiu 2,70%, atingindo R$ 77,84. A análise aponta que o mercado tem registrado apenas negociações pontuais, sem uma forte pressão da indústria por novas altas.
B3 enfrenta oscilações significativas enquanto o mercado norte-americano segue estável
No mercado futuro de milho da Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), a semana começou com forte volatilidade, encerrando com queda nos preços, conforme a análise da TF Agroeconômica. Os ajustes ocorreram pontualmente em um pregão marcado por oscilações expressivas, com os produtores mais inclinados a negociar novos lotes, enquanto os compradores limitaram ofertas mais agressivas. As cotações futuras variaram ao longo do dia: o vencimento de maio/25 fechou a R$ 79,34, com queda de R$ 0,27 no dia e uma desvalorização acumulada de R$ 2,73 na semana; julho/25 registrou leve alta de R$ 0,03 no dia, fechando a R$ 72,81, mas ainda acumulando queda semanal de R$ 1,17; já setembro/25 caiu R$ 1,56 no dia, encerrando a R$ 71,99, mantendo a mesma perda na semana.
Na Bolsa de Chicago, o mercado de milho teve comportamento misto, sustentado pela demanda sólida dos Estados Unidos. O contrato de maio, referente à safra de verão brasileira, subiu 0,05%, fechando a US$ 464,50 por bushel, enquanto o contrato de julho teve alta de 0,11%, fechando a US$ 472,00 por bushel.
Apesar da queda de 13% nos embarques semanais de milho, a demanda robusta pelos produtos norte-americanos continua a sustentar os preços. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projeta um aumento de 1 milhão de toneladas nas exportações mexicanas para esta safra, o que manteria um volume sólido de exportações também para 2025/26. No entanto, as tarifas comerciais programadas para 2 de abril podem afetar esse cenário, já que México e Canadá são dois dos maiores compradores do cereal e seus derivados.
Fonte: Portal do Agronegócio
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