Publicado em: 28/08/2012 às 18:20hs
Neste mês, até a quarta semana, os embarques atingiram 1,9 milhão de toneladas, o equivalente a 106 mil toneladas por dia, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O volume representa altas de 37% em relação a julho e de 61% ante o mesmo mês de 2011. E indica que a marca mensal de 2 milhões de toneladas será facilmente batida.
Em receita, as exportações de milho somam US$ 500 milhões neste mês, levando o cereal ao grupo das principais commodities da pauta brasileira, atrás apenas do minério de ferro, do petróleo, da soja e do açúcar.
Mantido o ritmo atual, o Brasil poderá atingir a meta de 14 milhões de toneladas de milho exportadas neste ano -considerada pouco factível por alguns analistas, principalmente por causa dos gargalos logísticos.
Até julho, 3,5 milhões de toneladas de milho da safra 2011/12 haviam sido exportadas. Se, a partir deste mês, o Brasil embarcar 2 milhões de toneladas por mês, os embarques somarão 13,5 milhões de toneladas ao final deste ano.
Segundo o analista Juliano Cunha, da Céleres, a tendência é que o volume exportado aumente nos próximos meses, como ocorreu em outros anos de alta exportação.
E, quanto maior o volume embarcado, maior o potencial de novos aumentos de preço do produto no país. A tendência, diz o analista, é que os compradores no mercado interno ofereçam preços mais altos aos produtores para que eles optem pela venda do milho no Brasil em vez de destiná-lo à exportação.
Em 2012, o milho já acumula alta de 9,8% no país, segundo pesquisa da Folha.
No mercado externo, especialistas também veem potencial para elevação. A expectativa é que ocorram novas reduções na estimativa oficial de produção dos EUA.
Fonte: Folha de S.Paulo
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