Milho e Sorgo

Experimentos com foco na plantabilidade correta do milho estão sendo finalizados na Embrapa Milho e Sorgo

Com a evolução dos níveis tecnológicos utilizados pelos produtores mais tecnificados no Brasil, aumentou também a preocupação com a qualidade do plantio


Publicado em: 18/10/2012 às 19:10hs

Experimentos com foco na plantabilidade correta do milho estão sendo finalizados na Embrapa Milho e Sorgo

Uma melhor distribuição das sementes, tanto em profundidade quanto em relação à distância entre as plantas nas fileiras, é essencial para aumentos significativos na produtividade do milho. Essa busca de rigor no plantio do milho tem, como principais objetivos, evitar o aparecimento de plantas dominadas, falhas e a ocorrência de duplas, maximizando a utilização da semeadora.

Nesse contexto, testes comparativos entre quatro dosadores de semeadoras de milho em sistema de plantio direto estão sendo finalizados na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). Estão sendo levados em consideração os seguintes fatores: estande de alta densidade (80 mil plantas por hectare), três velocidades de plantio (5 km/h, 7 km/h e 9 km/h) e dois espaçamentos entre fileiras (45 cm e 90 cm). Os testes vêm sendo feitos em parceria com as empresas Marchesan, Pro Solus e Apollo Agrícola.

As principais conclusões estão relacionadas a três fatores que, quando associados de forma errada, tornam a plantabilidade do cereal menos eficiente. “Na maior velocidade da máquina testada (9 km/h), houve maior variabilidade na distribuição longitudinal da semente”, adiantou o pesquisador Evandro Chartuni Mantovani, da área de Mecanização Agrícola. A condução dos experimentos vem sendo feita em uma área experimental de 7,2 mil m² na Embrapa Milho e Sorgo.

Foram testados dois sistemas de distribuição de sementes, sendo um pneumático e um de disco convencional da empresa Marchesan. Além desses, a equipe avaliou mais dois dosadores, sendo um disco recém-lançado pela Apollo Agrícola (RampFlow) e o último denominado “Kit Titanium”, que apresenta, segundo a empresa, maior precisão de plantio. “Estamos chegando a respostas para uma agricultura que utiliza alta tecnologia e sabemos que o mais complicado para o operador é regular de forma adequada as máquinas para obtenção do estande recomendado, tendo em vista o objetivo de altas produtividades”, relata Mantovani.

Avanço na produtividade exige mais informações


Os testes com os diferentes tipos de dosadores são fundamentais, como observa o pesquisador José Carlos Cruz, da área de Fitotecnia. “O tamanho das sementes de milho das cultivares mais modernas, especialmente os híbridos simples, é cada vez menor. Hoje, por exemplo, um saco com 60 mil sementes do cereal pesa muitas vezes entre 15 kg e 18 kg. Há mudanças de parâmetros e precisamos apresentar respostas para os agricultores”, afirma. Atualmente é comum, segundo o pesquisador, a utilização de 1,1 a 1,3 saco de milho por hectare.

As análises finais dos dados gerados no experimento estão sendo realizadas pelo pesquisador Antônio Carlos de Oliveira, da área de Estatística Experimental, e resultarão em novas informações a serem divulgadas posteriormente pela equipe responsável pelo experimento. Mais informações: NCO (Núcleo de Comunicação Organizacional) da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Embrapa, vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento):  (31) 3027-1905 ou nco@cnpms.embrapa.br.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo

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