Milho e Sorgo

Custos com insumos elevam despesas da produção de milho em Mato Grosso

Com aumento de preços em defensivos, sementes e fertilizantes, custo total da safra 2025/2026 exige maior produtividade para viabilizar o cultivo


Publicado em: 24/04/2025 às 11:45hs

Custos com insumos elevam despesas da produção de milho em Mato Grosso

Alta nos custos preocupa produtores mato-grossenses

Os produtores de milho de Mato Grosso enfrentam uma nova elevação nos custos de produção para a safra 2025/2026. De acordo com boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base em dados do Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o custo estimado para o cultivo de milho em sistema de alta tecnologia é de R$ 3.163,85 por hectare — valor que representa um aumento de 1,05% em relação a fevereiro de 2025.

Principais insumos puxam a alta nos custos

O boletim aponta que o reajuste foi impulsionado, sobretudo, pelo encarecimento dos principais insumos agrícolas. Os defensivos registraram a maior variação, com aumento médio de 2,75%. As sementes tiveram acréscimo de 1,08%, enquanto os macronutrientes subiram 0,64%.

Reajustes impactam indicadores de custo da atividade

Com a valorização dos insumos, o Custo Operacional Efetivo (COE) foi reajustado para R$ 4.640,95 por hectare, um avanço de 0,76% em comparação à projeção anterior. Já o Custo Operacional Total (COT), que inclui depreciações e encargos financeiros, alcançou R$ 5.228,64 por hectare, refletindo aumento de 0,68%. O Custo Total (CT), que abrange o custo de oportunidade do capital investido, chegou a R$ 6.515,04 por hectare — alta de 0,79% no mês.

Produtividade mínima necessária sobe

Com o preço médio ponderado de comercialização do milho registrado até março de 2025 fixado em R$ 43,12 por saca, os produtores precisarão atingir uma produtividade mínima de 107,62 sacas por hectare apenas para cobrir os custos operacionais. Diante desse cenário, torna-se essencial o uso de tecnologias de manejo e insumos de alta performance, a fim de preservar a rentabilidade da atividade e garantir a sustentabilidade econômica da lavoura.

Fonte: Portal do Agronegócio

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