Publicado em: 28/11/2024 às 07:30hs
O mercado de armazenamento e conservação de grãos no Brasil enfrenta desafios cada vez mais complexos, impulsionados pelo crescimento acelerado da produção nacional de milho e soja. De acordo com o Ministério da Agricultura e a Embrapa, o setor produtivo deverá aumentar cerca de 27% nos próximos dez anos. No entanto, a carência de capacidade de estocagem tem gerado perdas quantitativas e qualitativas, impactando diretamente os armazenadores e produtores, que lutam para garantir a qualidade dos grãos e minimizar o desperdício. Neste cenário, os aditivos antifúngicos têm se destacado como uma solução estratégica eficaz e sustentável, ajudando a combater fungos e a preservar o valor dos grãos por períodos mais longos.
Bruno San Giacomo, Gerente Regional de Grãos na Kemin, destaca que a conservação de grãos requer atenção especial à presença de fungos e micotoxinas, particularmente no milho, mas também na soja armazenada. “A contaminação no campo e o armazenamento de grãos com alto teor de umidade são fatores críticos. Além disso, dificuldades operacionais, como o funcionamento inadequado de secadores e ventiladores, criam um microambiente propício ao desenvolvimento de fungos, aumentando o risco de micotoxinas e comprometendo a qualidade dos grãos armazenados”, explica.
Tradicionalmente, soluções antifúngicas eram utilizadas na fabricação de rações, com o objetivo de aumentar a durabilidade do produto acabado. Inseticidas, por sua vez, já eram aplicados diretamente nos grãos armazenados. Porém, com o aumento das exigências no setor de armazenamento, o uso de soluções preventivas para o controle fúngico se tornou uma ferramenta essencial. Essas soluções visam evitar contaminações já no início do processo de armazenamento, preservando melhor as características dos grãos. “Os aditivos antifúngicos trazem benefícios diretos e indiretos, como a redução de perda de umidade, a estabilização da densidade, a diminuição das concentrações de micotoxinas e a manutenção da energia disponível no grão, o que melhora a qualidade e a durabilidade da matéria-prima estocada”, detalha Bruno.
A Kemin, em parceria com universidades e empresas do setor, tem investido em protocolos de testes nacionais e internacionais que comprovam a eficácia dos aditivos antifúngicos na preservação da qualidade dos grãos. “Estamos criando um banco de dados robusto e oferecendo ao mercado brasileiro soluções que não só atendem aos desafios de qualidade e segurança, mas também incorporam aspectos sustentáveis ao processo de armazenamento”, afirma o especialista. Ele destaca que, ao reduzir a pressão microbiológica, os aditivos antifúngicos facilitam a armazenagem de grãos com maior teor de umidade e ajudam a minimizar variações de temperatura internas nos armazéns.
Além disso, Bruno ressalta o compromisso da Kemin em desenvolver novas soluções focadas na sustentabilidade. “Nossa equipe está constantemente buscando formas de como os aditivos podem contribuir para práticas mais sustentáveis no mercado de armazenamento de matérias-primas. Essa visão fortalece não apenas a qualidade da conservação dos grãos, mas também mantém o Brasil como um dos principais fornecedores internacionais de alimentos”, conclui.
A inovação no setor de armazenamento de grãos, portanto, passa por uma atualização constante em técnicas e tecnologias que favoreçam a conservação e a redução das perdas. Com a crescente demanda por um manejo mais eficiente e sustentável, o uso de aditivos antifúngicos consolida-se como uma estratégia fundamental para atender tanto às necessidades produtivas quanto às exigências de qualidade e sustentabilidade do mercado de grãos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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