Milho e Sorgo

Colheita de Milho Avança Rápido no MS, mas Qualidade das Lavouras Diminui

Regiões do Estado Enfrentam Períodos Prolongados de Seca, Afetando Produção


Publicado em: 24/07/2024 às 19:00hs

Colheita de Milho Avança Rápido no MS, mas Qualidade das Lavouras Diminui

A colheita da segunda safra de milho no Mato Grosso do Sul está avançando rapidamente, conforme relatado no Boletim Semanal da Casa Rural da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul). De acordo com o levantamento, a colheita progrediu de 40,4% para 49,6% do total semeado, um avanço de 40,9 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar do progresso na colheita, a qualidade das lavouras tem mostrado declínio. Segundo a Famasul, 39,5% das áreas são consideradas boas, 25,9% regulares e 34,6% ruins. Esses números representam uma leve piora em relação à semana anterior, quando 39,8% das lavouras eram classificadas como boas, 25,8% como médias e 34,48% como ruins.

As regiões Sul-Fronteira, Sudoeste e Sudeste do estado enfrentam as piores condições, com 56,6%, 51,9% e 46,1% das lavouras consideradas ruins, respectivamente. Em contraste, as regiões Nordeste, Norte e Oeste apresentam melhores resultados, com 86%, 74% e 58% das áreas classificadas como boas.

O boletim da Famasul destaca que o estresse hídrico foi um dos principais fatores que comprometeram o potencial produtivo da safra 2023/2024. A seca, que afetou uma área total de 767 mil hectares, ocorreu em dois períodos críticos: de março a abril, com 10 a 30 dias de estiagem, e de abril a julho, totalizando 90 dias sem chuva. A região norte do estado já acumula mais de 100 dias sem precipitação.

As estimativas para o plantio totalizam 2,218 milhões de hectares, uma redução de 5,82% em relação ao ano anterior. A produtividade média esperada é de 86,3 sacas por hectare, 14,25% a menos do que a última média registrada, resultando em uma produção estimada de 11,4 milhões de toneladas, 19,23% inferior à safra de 2023.

A Famasul também destacou as condições climáticas adversas dos últimos dias, com temperaturas máximas de 36,5°C em Corumbá e umidade relativa do ar de apenas 14% em Corumbá e Miranda, registrados em 21 de julho de 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio

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