Milho e Sorgo

CNA aguarda regularização do abastecimento de milho no nordeste em 10 dias

Prazo foi dado pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, em reunião realizada esta semana na Conab


Publicado em: 10/08/2012 às 11:00hs

CNA aguarda regularização do abastecimento de milho no nordeste em 10 dias

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) confia no prazo de 10 dias, anunciado ontem (8/8) pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, para a regularização do abastecimento de milho nos Estados da região Nordeste. A entidade acompanhará as medidas anunciadas pelo Governo e espera obter informações reais sobre o andamento das ações empreendidas, com o objetivo de amenizar o sofrimento de milhares de famílias nordestinas e dos animais atingidos pela pior seca dos últimos 30 anos. “Os produtores rurais do Nordeste estão amargando prejuízos desde abril e a expectativa é que a situação piore nos próximos meses, se o abastecimento não for normalizado”, alertou o 1º Vice-Presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior.

Por causa da grave seca na região, mais de 90% da produção de milho foi perdida. O grão é o principal componente da ração dos rebanhos. Diante desse quadro, o Governo publicou, em maio, a Portaria Interministerial nº 470 para destinar 200 mil toneladas de milho a serem comercializadas no âmbito do Programa de “Venda Balcão”, nos Estados abrangidos pela área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). A quantidade foi considerada insuficiente e, em junho, o Governo editou nova portaria (nº 601) ampliando o volume para 400 mil toneladas. Foram realizados leilões de contratação de fretes para levar o grão, proveniente do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, aos Estados nordestinos.

Os embarques iniciaram em maio, mas tiveram uma drástica redução no mês passado. O Governo alega, entre outros motivos, a redução da oferta de caminhões para dar continuidade ao serviço contratado. Uma das causas dessa redução seria o início do escoamento da produção da “safrinha” de milho no Mato Grosso. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os caminhoneiros optam por trajetos mais curtos, entre a lavoura e os armazéns, porque, dessa forma, conseguiriam fazer mais viagens por dia a preços mais atrativos. Outras razões citadas foram a falta de estrutura adequada nos pólos de distribuição de grãos do Nordeste e o Estatuto do Motorista, que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros. O Governo citou, ainda, a greve que os caminhoneiros fizeram no último dia 25 para protestar contra o Estatuto.

A situação exige medidas emergenciais por parte do Governo. Em reunião realizada nessa quarta-feira (8/8), com o ministro Mendes Ribeiro Filho e os presidentes das federações de agricultura dos Estados do Nordeste, o presidente da Conab, Rubens Rodrigues, afirmou que a companhia está empenhada na busca de uma solução para o problema. Enquanto o abastecimento do grão na região Nordeste não for normalizado, os produtores rurais continuarão acumulando prejuízos com a morte dos animais. Mais grave, ainda, é a situação de milhares de famílias que dependem dos seus rebanhos para a subsistência.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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