Publicado em: 11/07/2012 às 10:50hs
Já os produtores que investiram no algodão safrinha, plantado após a colheita da soja, em fevereiro, comemoram as condições atípicas do clima.
O grande problema é que no mês de junho, ainda atingido por fortes chuvas em algumas regiões do estado, o algodão safra já se encontrava aberto, em seu ciclo final. As plumas expostas, atingidas pela água, perdem qualidade de fibra, resistência e cor, baixando a produtividade.
Produtor de algodão há 12 anos em Campo Verde, Amaury Guolo já calcula o prejuízo. “A produtividade deve cair em torno de 15%”, lamenta. Ele iniciou o plantio em 10 de dezembro e prepara o começo da colheita para esta semana.
“Chover direto até o mês de junho é algo atípico. Eu não me recordo de isto ter acontecido outra vez nos últimos 15 anos”, ressalta Guolo, acrescentando que o mês de maio deste ano registrou mais chuvas que o mês de março, fato inédito.
O outro lado
Em contrapartida, quem optou pelo algodão safrinha acabou sendo beneficiado com a extensão do período chuvoso. Plantado em meados de fevereiro e com colheita prevista para o início de agosto, este algodão ainda estava na fase vegetativa, com seus botões fechados, nas últimas chuvas no mês de junho.
A “água extra” teve como consequência um auxílio fisiológico à planta, rendendo-lhe ganho de rendimento e qualidade.
Pedro Tales Tomazelli, Engenheiro Agrônomo e responsável técnico da Agrosol sementes, também em Campo Verde, estima que o algodão plantado pela empresa possa ter uma produtividade até 20% maior.
“Na safrinha normal, a média é colher em torno de 250 arrobas/hectare, algodão bruto com caroço. Com essas chuvas extras a expectativa é que possamos colher até 300 arrobas/hectare”, revela o agrônomo.
Fonte: Olhar Direto
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