Publicado em: 02/10/2013 às 17:30hs
A Ceres Sementes do Brasil realiza nos próximos dias 9 e 10 de outubro, na cidade de Matão (SP), um programa de treinamento para o plantio de seus híbridos de sorgo sacarino, para produção de etanol, e de sorgo alta biomassa, empregado na cogeração de energia elétrica e na produção de calor.
Entre as novidades do encontro, a Ceres focalizará a técnica do plantio direto em palhada de cana com os híbridos da marca Blade®, com emprego de máquinas plantadoras recém-adquiridas junto à indústria Tatu – Marchesan, também parceira no evento. Mais de 30 profissionais da área tem presença confirmada no treinamento.
Subsidiária da norte-americana Ceres Inc., especializada no desenvolvimento culturas empregadas na fabricação de biocombustíveis, bioenergia e outros produtos, a Ceres Brasil inicia no mês de novembro próximo a terceira safra comercial de sorgo Blade no País, ciclo que ocorre exatamente no período da entressafra da cana-de-açúcar. A empresa fará o lançamento comercial do primeiro híbrido de sorgo alta biomassa registrado no Brasil: Blade® CB 7520.
Segundo o engenheiro agrônomo Marcelo Gullo, gerente de marketing da Ceres Brasil, o híbrido de sorgo alta biomassa que está chegando ao mercado reúne atributos que o tornam “altamente recomendável” como complemento ao bagaço da cana, na cogeração de energia elétrica e na produção de etanol celulósico (E2G - etanol de segunda geração).
Essa cultura, assinala o executivo, pode apresentar até 23% de fibra em sua composição e registra produtividade média da ordem de 70 toneladas por hectare.
No tocante ao potencial de queima (ou poder calorífico), os testes comerciais e as pesquisas de campo da Ceres mostraram que a biomassa do híbrido Blade® CB 7520 proporciona desempenho igual ou superior ao do bagaço da cana-de-açúcar.
Gullo explica que além deste fator, considerado muito importante para a indústria que faz a cogeração de energia, o sorgo de alta Biomassa Blade CB 7520 tem custo médio de R$ 57 a tonelada (considerando frete de 25km) contra um custo médio do bagaço em torno de R$ 65 a tonelada durante a safra, podendo chegar a valores superiores na entre safra, época em que o sorgo pode ser colhido e processado.
“Ao contrário do bagaço da cana, que demanda estocagem e tratamento, o sorgo biomassa atinge 50% de umidade enquanto está em pé, na lavoura. Portanto, pode ser colhido e levado diretamente à caldeira”, acrescenta Gullo. “O processamento do sorgo biomassa permitirá aumentar a oferta de matéria-prima para queima e cogeração no período da entressafra da cana, além trazer ao setor uma nova opção de biomassa”, acrescenta.
Para o mercado de Etanol, o Sorgo Sacarino Blade, vem como complemento para a indústria que busca soluções durante a entressafra, uma vez que o produto está pronto para processamento e moagem neste período, não sendo necessário nenhum ajuste no maquinário da usina.
Uma projeção da consultoria Datagro, divulgada recentemente pela Agência CMA, indica que o sorgo sacarino pode adicionar aos números da indústria sucroenergética um volume entre 3,5 mil e 5 mil litros de etanol, por hectare, ao ano, o que equivale também a elevar a produção em aproximadamente 5 bilhões de litros ao ano.
“Para nós o investimento em treinamentos faz parte da política da empresa, e o plantio e manejo adequado desta cultura será peça fundamental para o atingimento dos níveis de produtividade esperados”, finaliza Gullo.
Fonte: Ceres Sementes do Brasil - Assessoria de Imprensa
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