Milho e Sorgo

Baixo acumulado de chuvas previsto para o Sul deve agravar ainda mais situação das lavouras de milho

Em Minas Gerais, o excesso de umidade e nebulosidade afetam a produção


Publicado em: 06/01/2012 às 11:45hs

Baixo acumulado de chuvas previsto para o Sul deve agravar ainda mais situação das lavouras de milho

A falta de chuvas significativas e volumosas sobre as principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão afetando drasticamente as lavouras de milho. No Estado gaúcho, muitas lavouras, principalmente aquelas plantadas após a segunda quinzena de setembro, já estão sentindo os efeitos da estiagem. Cerca de 53% das plantações estão nas fases de florescimento e enchimento de grãos, momentos extremamente suscetíveis ao déficit hídrico. Assim, as perdas já superam os 20% e muitos agricultores já estão colhendo suas lavouras precocemente com o intuito de transformá-la em silagem.
 
No Paraná e Mato Grosso do Sul a situação só não é tão grave, pois as chuvas ocorridas nesse último fim de semana, dia 31 e 1°, elevaram os níveis de água no solo e favoreceram a recuperação das lavouras. Contudo, as perdas até o momento são irreversíveis. Muitas das espigas formadas estão apresentando má formação dos grãos, com tamanho menor e baixa quantidade de sementes por espiga. Mesmo que volte a chover durante o restante do ciclo da planta, as perdas que já atingem os 8%, não serão revertidas.

Para essa semana a situação climática continua grave para a produção no Sul do Brasil, uma vez que não estão previstas chuvas volumosas, ou generalizadas, sobre a região. A condição deve agravar ainda mais a situação das lavouras de milho. Nas demais regiões produtoras, apenas Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro receberão grandes volumes de chuvas ao longo dos próximos 10 dias, mantendo as condições desfavoráveis ao desenvolvimento das lavouras dessas regiões.

Em Minas Gerais, na região central do Estado e Zona da Mata, o excesso de umidade e os vários dias consecutivos nublados e chuvosos afetam a produção de milho. O excesso de umidade sobre a planta e as baixas taxas de radiação solar eleva os índices de doenças, as quais são de difícil controle, uma vez que essas mesmas condições impedem a entrada no campo para a realização de seus controles. O percentual de quebra ainda não está totalmente computado, mas reduções nos potenciais produtivos são inevitáveis.

Nas demais áreas produtoras do Brasil, como São Paulo, Goiás e Bahia, as boas condições meteorológicas estão mantendo os níveis de umidade do solo em patamares satisfatórios, o que vem proporcionando condições muito boas ao desenvolvimento dos milharais e, portanto, gerando estimativas boas à produção de milho nessas regiões. Não estão sendo observadas nenhumas anomalias grave que possam comprometer a produtividade dessas lavouras.