Publicado em: 17/01/2025 às 19:00hs
Mercado Interno: Escassez de Oferta e Alta nos Preços
O mercado brasileiro de milho registrou elevação nos preços ao longo da última semana. O volume de oferta disponível para comercialização foi limitado, com os produtores optando por segurar os estoques, o que dificultou a aquisição de lotes por parte dos consumidores. Esse cenário resultou em aumento das cotações em importantes praças como Paraná e São Paulo.
Segundo a Safras Consultoria, mesmo em estados que já avançaram na colheita da safra de verão, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os preços mantiveram-se em níveis elevados. A entrada de novas ofertas no mercado, que poderia aliviar as cotações, não exerceu a pressão esperada.
No mercado externo, a Bolsa de Chicago registrou uma alta significativa nos preços em comparação à semana anterior. O movimento foi impulsionado pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que reduziu as projeções de produção e estoques globais para a temporada 2024/25.
As condições climáticas na Argentina também geram preocupação, com a falta de chuvas ameaçando a safra de milho do país. No Brasil, o clima segue desafiador: enquanto a seca atinge algumas regiões, chuvas volumosas foram registradas nas faixas central e norte, adicionando incertezas à produção.
A média nacional do preço da saca de milho foi cotada a R$ 72,76 em 16 de dezembro, representando uma alta de 1,70% em relação aos R$ 71,54 da semana anterior. As variações regionais foram significativas:
As exportações brasileiras de milho totalizaram uma receita de US$ 287,564 milhões nos primeiros sete dias úteis de janeiro, com uma média diária de US$ 41,080 milhões. O volume exportado foi de 1,322 milhão de toneladas, com uma média diária de 188,982 mil toneladas. O preço médio por tonelada ficou em US$ 217,40.
Em relação a janeiro de 2024, houve uma retração de 19,1% no valor médio diário exportado, uma queda de 14,7% na quantidade média diária e uma desvalorização de 5,2% no preço médio por tonelada.
O cenário nacional reflete a combinação de baixa oferta, alta nos custos e incertezas climáticas, enquanto o mercado internacional adiciona pressão com perspectivas reduzidas de produção e estoques.
Fonte: Portal do Agronegócio
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