Durante os próximos dias as colheitadeiras recebem revisão para que não haja perda de grãos durante a safra. Uma máquina mal regulada pode ocasionar perda de até 10% da safra, ou seja, 20 sacas do cereal por hectare com média de produtividade estimada em 200 sacas. Tendo por base o valor de R$ 30,00 a saca de milho com peso de 60 quilos, representa R$ 600,00 a menos por hectare plantado com o grão.

O agrônomo Mauro Rohr sugere atenção dos agricultores para este detalhe que pode representar perdas consideráveis na hora da colheita. Sempre que houver dúvidas sobre as condições de operacionalidade das colheitadeiras, o produtor deve buscar ajuda de um profissional da área, pois o custo de recuperar a máquina pode ser bem menor do que as perdas de grãos que acabam ficando nas restevas. O desperdício do grão é percebível quando produtores aproveitam as plantas que nascem depois da safra para o pastoreio de gado de corte. Para o agrônomo com auxílio dos profissionais os produtores devem fazer a substituição das peças danificadas pelo uso da máquina. “Tudo precisa estar pronto até o final da próxima semana pois, na seguinte, as máquinas começam a colher as primeiras lavouras de milho em nossa região,” disse o agrônomo da Cooperativa dos Agricultores de Chapada”.

Segundo o agrônomo, o clima pelo menos até a metade da semana, tem estado dentro do esperado pelos agricultores que projetam colher 160 sacas de milho por hectare neste início de colheita, que deve se prolongar até a metade do próximo mês. De acordo com Rohr, estas áreas já com produtividade assegurada devem ter uma queda de 20% da produção esperada em função das geadas de setembro e pouca chuva de novembro. Já as variedades com safra mais para o final do mês de janeiro e início de fevereiro a estimativa de produtividade é maior, mas nas áreas formadas com alta tecnologia. “Nestas lavouras os agricultores podem produzir até 200 sacas por hectare”, comentou Rohr.

Pelo menos no momento, os cálculos ficam bem acima da colheita da safra passada, quando ás lavouras produziram de 7 sacas de milho por hectare a 120 sacas do produto. “Esta variação acabou puxando a média geral de produtividade para baixo cerca de 60 sacas por hectare”, comentou o agrônomo. No momento tudo aponta para um processo inverso tendo por base a regularidade do clima até o momento. Com chuvas normais os produtores devem ter variação de produtividade que vai de 120 a 200 sacas por hectare, o que deverá elevar a média final comparando com a colheita passada.

Rohr lembra que concluída a safra do milho os produtores já devem começar o preparo para dar início à colheita da soja, principal grão plantado no verão pelos agricultores. Tendo o clima favorável a produtividade da oleaginosa também deverá ficar bem acima da safra 2011/2012. “Depois que as máquinas entrarem nas lavouras para colherem o trabalho vai se prolongar por pelo menos uns 90 dias. Após colher o milho virá ás lavouras de soja”, completou o agrônomo. Chapada plantou seis mil hectares de milho e outros 39 mil de soja. A produção de grãos de verão no município é estimada acima dos 3 milhões de sacas. Já no município de carazinho estão cultivados 35 mil hectares de soja e cinco mil de milho.