O planejamento é parte do projeto desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), em parceria com a Fundação Dom Cabral e a Embrapa, que juntos devem articular o conceito e montar uma proposta a ser apresentada para o governo federal, a fim de estimular a produção nacional de milho.

A elaboração deste plano envolve um profundo estudo de toda a cadeia produtiva do milho. Serão avaliadas as diversas áreas que compõem a imensa logística da cadeia, como produtores rurais, consumidores, cadeia de suínos, bovinos e aves, indústria, fornecedores de insumos (sementes, defensivos e fertilizantes), responsáveis pelo transporte, armazenamento, entre outros.

“Este plano abre uma fronteira para o Brasil. É um importante passo para o crescimento de toda a cadeia do milho e de todos os envolvidos. Iremos apresentar essa proposta para o Governo e acreditamos que teremos o apoio que buscamos.”, afirma Sr. Alysson Paulinelli, presidente executivo da Abramilho.

O plano de fomento da produção de milho no Brasil é composto de quatro linhas de ação. A primeira é de responsabilidade da Embrapa, e trata do potencial de produção e avalia a capacidade do País para a produção de milho. Essa avaliação será feita em microrregiões do Brasil para avaliar qual o potencial de aumento de produção de cada área.

Durante o encontro, a Embrapa já apresentou projeções sobre o crescimento do consumo de milho até 2020. Com o aumento do consumo interno e a crescente demanda internacional, “é imprescindível que o Brasil passe das 60 milhões de toneladas produzidas para 80 milhões de toneladas”, explicou Antônio Álvaro Corseti Purcino, da Embrapa Milho e Sorgo.

o plano também avaliará a demanda futura mundial para o consumo de milho. Segundo Antônio Lício, consultor, se o País dobrar a produção de milho ainda não haverá um grande impacto no mundo, pois a produção brasileira hoje é de 60 milhões de toneladas, frente a um consumo mundial de 850 milhões de toneladas. No entanto, haverá uma avaliação rigorosa a respeito do aumento de produção para que o País possa aumentar os resultados.

A iniciativa da Abramilho, Dom Cabral e Embrapa envolve ainda o estímulo à profunda interação com toda a cadeia do milho a fim de buscar ideias e sugestões dos mais diferentes públicos que compõe essa cadeia, desde o produtor até o transportador. Por fim, o plano do milho busca definir os instrumentos políticos necessários para a implementação do programa. Os temas tratados são, principalmente, logística e preço mínimo. Os temas ainda devem ser adequados de acordo com as microrregiões.

Os workshops sobre o assunto já estão na agenda da Abramilho. A ideia é determinar os próximos passos do projeto e dar continuidade ao assunto com as principais áreas envolvidas como, por exemplo, área de fertilizantes, consumidores, criadores de suínos, aves.