Publicado em: 24/01/2013 às 11:11hs
Levantamento do Mercado de Hortifrutis da Central mostra que a oferta das uvas thompson e crimson - as mais conhecidas entre as que não têm caroços – recebidas no entreposto subiram de pouco mais de 1 mil toneladas entre novembro de 2010 e outubro no ano passado, para 1,3 milhão de quilos nos últimos doze meses – de novembro de 2011 a outubro deste ano.
“O consumidor está cada vez mais exigente. E além de boa qualidade, a opção sem semente acaba sendo mais prática gerando esta grande aceitação”, avalia o coordenador do Mercado, Márcio de Lima.
Boa parte das uvas sem caroço vendidas na Ceasa Campinas veem do Chile. Mas tem aumentado a vinda da lavoura brasileira, em especial de Pernambuco e da Bahia, onde se concentram as maiores produções no país. Hoje, cerca de 80% das uvas thompson e crimson nacionais que são comercializadas no entreposto campineiro veem destes estados.
Opção e qualidade
Francisco Bispo da Silva, responsável pelas compras e vendas de uvas da Frutas Benassi - empresa permissionária da Ceasa, aponta um crescimento de 20% em um ano no volume que comercializa das variedades sem caroço. “É mais uma opção para os clientes e temos vendido cada vez mais”, relata.
Ele explica, porém, que mesmo assim, a variedade niagara - mais tradicional da região e que tem sementes - não perdeu o posto e continua com a mesma demanda. “Foi lançada, inclusive, uma niagara mais doce, chamada colibri que está vendendo mais ainda”, conta.
O permissionário da Central, Renato Cornacchione, também relata o aumento no comércio das variedades de uvas sem sementes. Para ele a facilidade e o sabor mais doce são os motivos da preferência. “O consumidor tem buscado cada vez mais qualidade”, considera.
Apirênicas
O surgimento das uvas sem caroços ocorreu por meio de mutação genética. Tecnicamente chamadas de apirênicas, existem mais de 100 cultivares de uvas sem caroços no mundo.
No Brasil, o cultivo é recente, de 90 pra cá, e tem se aprimorado com um trabalho de melhoramento genético desenvolvido para as condições climáticas brasileiras, mais quentes que a maioria dos vinhedos do mundo. As principais regiões produtoras são Petrolina (PE) e Juazeiro (BA).
Fonte: CEASA Campinas
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