Fruticultura e Horticultura

Tarde de Campo sobre uva de mesa reúne 170 pessoas em São Valentin

Cento e setenta pessoas, entre técnicos da Emater/RS-Ascar, produtores ligados à viticultura dos 32 municípios da região do Alto Uruguai, lideranças municipais e regionais, além de profissionais do Sebrae, participaram da Tarde de Campo sobre uva de mesa, realizada na propriedade da família Zanandréa, em São Valentim, na terça-feira (22)


Publicado em: 24/01/2013 às 16:20hs

Tarde de Campo sobre uva de mesa reúne 170 pessoas em São Valentin

As orientações técnicas, principalmente sobre cultivo de uva de mesa no sistema protegido, foram repassadas em três estações pelo assistente técnico estadual em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antônio Conte, pelos agrônomos Nilton Cipriano Dutra de Souza e Paulo Trierveiler, e pelo agrônomo e consultor do Sebrae, Valdemir Belle. As recomendações técnicas voltaram-se para manejo do pomar, adubação e cobertura de solo, variedades de mesa e produção.

A análise de solo antes da instalação do parreiral, a análise folhar e a adubação correta estão entra as medidas que devem ser adotadas pelo produtor na condução do pomar para obter frutos de qualidade. “A adubação inadequada pode trazer doenças”, afirmou o agrônomo Paulo Trierveiler, que também chamou a atenção para o uso do calcário na adubação.

O assistente técnico estadual em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antônio Conte, explicou as principais características e cuidados que devem ser seguidos em algumas variedades de mesa como a Rainha Itália, Moscato Hamburgo, Niágara, produzidas no sistema protegido. Segundo Conte, 96% da uva produzida no Rio Grande do Sul são destinados para produção de vinho e suco, e somente 4% para uva de mesa.

Propriedade

A propriedade da família Zanandréa tem 33 hectares, sendo seis hectares destinados à produção de uva, com uma parte no sistema protegido. Entre as variedades produzidas estão a Bordô, Rubi, Niágara branca e rosa, Isabel. No parreiral coberto, uma parte da área foi produzida no sistema orgânico. A família iniciou o cultivo de uvas há 10 anos. Segundo Antônio Zanandréa, as uvas conduzidas no sistema orgânico são mais saborosas. A tendência, segundo o produtor, é partir para o sistema orgânico. “Dá mais trabalho, mas a qualidade é outra e agrega mais valor ao produto”, avaliou. Na safra passada, a produção chegou a 175 mil quilos. A previsão é que este ano a produção seja um pouco menor, ficando em torno de 150 mil quilos, em virtude das intempéries. A família Zanandréa será uma das que vai expor o produto na II Feira da Agricultura Familiar e XII Festa Di Bacco.

O produtor José Revers Sobrinho, de Paulo Bento, que cultiva três hectares com frutas como a uva, relatou sua experiência na produção orgânica durante a Tarde de Campo. “Procuro seguir todas as recomendações técnicas”, afirmou. Ele destacou o uso de pó de rocha também usado no parreiral como adubação. “Não usamos agrotóxico”, afirmou Revers, que há 12 anos cultiva uvas e há oito anos adotou a cobertura para o parreiral.

Estiveram presentes na abertura da Tarde de Campo, o coordenador regional da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Eloir Griseli, o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Valmir Dartora, o coordenador estadual do Projeto Agronegócio do Sebrae, Roberto Grellé, e o secretário municipal da Agricultura, Adir da Rosa.

A Tarde de Campo, promovida pelo Sebrae, Governo do Estado, através da SDR, e Emater/RS-Ascar, integra a programação da II Feira da Agricultura Familiar e XII Festa Di Bacco, que serão realizadas nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro, no Parque da ACCIE, em Erechim.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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