Publicado em: 24/01/2013 às 16:20hs
As orientações técnicas, principalmente sobre cultivo de uva de mesa no sistema protegido, foram repassadas em três estações pelo assistente técnico estadual em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antônio Conte, pelos agrônomos Nilton Cipriano Dutra de Souza e Paulo Trierveiler, e pelo agrônomo e consultor do Sebrae, Valdemir Belle. As recomendações técnicas voltaram-se para manejo do pomar, adubação e cobertura de solo, variedades de mesa e produção.
A análise de solo antes da instalação do parreiral, a análise folhar e a adubação correta estão entra as medidas que devem ser adotadas pelo produtor na condução do pomar para obter frutos de qualidade. “A adubação inadequada pode trazer doenças”, afirmou o agrônomo Paulo Trierveiler, que também chamou a atenção para o uso do calcário na adubação.
O assistente técnico estadual em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antônio Conte, explicou as principais características e cuidados que devem ser seguidos em algumas variedades de mesa como a Rainha Itália, Moscato Hamburgo, Niágara, produzidas no sistema protegido. Segundo Conte, 96% da uva produzida no Rio Grande do Sul são destinados para produção de vinho e suco, e somente 4% para uva de mesa.
Propriedade
A propriedade da família Zanandréa tem 33 hectares, sendo seis hectares destinados à produção de uva, com uma parte no sistema protegido. Entre as variedades produzidas estão a Bordô, Rubi, Niágara branca e rosa, Isabel. No parreiral coberto, uma parte da área foi produzida no sistema orgânico. A família iniciou o cultivo de uvas há 10 anos. Segundo Antônio Zanandréa, as uvas conduzidas no sistema orgânico são mais saborosas. A tendência, segundo o produtor, é partir para o sistema orgânico. “Dá mais trabalho, mas a qualidade é outra e agrega mais valor ao produto”, avaliou. Na safra passada, a produção chegou a 175 mil quilos. A previsão é que este ano a produção seja um pouco menor, ficando em torno de 150 mil quilos, em virtude das intempéries. A família Zanandréa será uma das que vai expor o produto na II Feira da Agricultura Familiar e XII Festa Di Bacco.
O produtor José Revers Sobrinho, de Paulo Bento, que cultiva três hectares com frutas como a uva, relatou sua experiência na produção orgânica durante a Tarde de Campo. “Procuro seguir todas as recomendações técnicas”, afirmou. Ele destacou o uso de pó de rocha também usado no parreiral como adubação. “Não usamos agrotóxico”, afirmou Revers, que há 12 anos cultiva uvas e há oito anos adotou a cobertura para o parreiral.
Estiveram presentes na abertura da Tarde de Campo, o coordenador regional da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Eloir Griseli, o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Valmir Dartora, o coordenador estadual do Projeto Agronegócio do Sebrae, Roberto Grellé, e o secretário municipal da Agricultura, Adir da Rosa.
A Tarde de Campo, promovida pelo Sebrae, Governo do Estado, através da SDR, e Emater/RS-Ascar, integra a programação da II Feira da Agricultura Familiar e XII Festa Di Bacco, que serão realizadas nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro, no Parque da ACCIE, em Erechim.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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