Fruticultura e Horticultura

Safra de Noz-Pecã em 2025 Pode Alcançar 7 Mil Toneladas, Apontam Produtores

Expectativa do mercado depende dos preços praticados nos EUA e das perdas causadas por tempestades naquele país


Publicado em: 16/10/2024 às 17:30hs

Safra de Noz-Pecã em 2025 Pode Alcançar 7 Mil Toneladas, Apontam Produtores

Com a previsão de uma colheita em 2025 que pode atingir cerca de 7 mil toneladas de noz-pecã, igual ou até superior à safra de 2023, os produtores gaúchos estão atentos à estabilização dos preços nos Estados Unidos para avaliar o potencial do mercado de exportação e os valores a serem praticados. As fortes tempestades que atingiram o país norte-americano causaram prejuízos significativos aos pomares, com perdas estimadas em mais de 15%, que ainda estão sendo contabilizadas.

No Brasil, o mercado interno apresenta alta demanda por pecans descascadas, mas o país ainda se mantém como importador da fruta. As indústrias brasileiras têm buscado suprimentos na Argentina para atender à crescente procura. Até o momento, os volumes de importação somam mais de 150 toneladas, já negociadas ou em processo de negociação. Os preços das nozes com casca no mercado argentino variam entre US$ 3,50 e US$ 4,10, dependendo da qualidade do produto.

Em relação às nozes sem casca, o Brasil continua exportando, embora em quantidades reduzidas, em função dos negócios fechados no ano passado. Apesar dessas dificuldades, a indústria nacional investiu no aumento da produção e na obtenção de certificações de qualidade, com o objetivo de fortalecer sua presença no mercado em 2025 e recompor os estoques.

Enquanto isso, os pomares de noz-pecã no Brasil estão em fase de brotação. Segundo Eduardo Basso, presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), após a conclusão da avaliação das perdas causadas pelas enchentes de maio, os produtores agora focam na adubação nitrogenada e no controle de pragas, como formigas e sarna. "A brotação está excelente e indica uma safra dentro da normalidade, apesar de outubro ter registrado menos chuvas do que o esperado", afirma Basso. Ele também destacou que os preços dos insumos se mantêm semelhantes aos do ano anterior.

Contudo, uma preocupação crescente entre os produtores é garantir mão de obra qualificada e solucionar os problemas de acesso às propriedades, que ainda enfrentam dificuldades após as inundações.

Fonte: Portal do Agronegócio

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