Fruticultura e Horticultura

Pêssego em floração

Geadas quando o pêssego estiver no processo inicial de desenvolvimento é prejuízo na certa, mas até o momento, as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento da fruta


Publicado em: 03/08/2012 às 15:30hs

Pêssego em floração

Em Chapada, um dos municípios da região do Alto Uruguai, Norte do Estado, que produz pêssegos, a preocupação está voltada para o clima. De acordo com secretário municipal de Agricultura, Hélio Stürmer, mais de 80% dos pomares estão em fase final de floração. O medo dos fruticultores se concentra na possibilidade de geadas, o que poderia prejudicar a produção no município, que está estimada este ano em mais de 100 toneladas, quantidade próxima da colhida na última safra. Segundo o secretário, o comércio da fruta corresponde a uma média de R$ 150 mil, que gira dentro das propriedades rurais que trabalham na atividade como fonte alternativa de renda. “Pode não parecer muito, mas dentro de uma pequena área rural é possível fazer um dinheiro extra, produzindo alguma variedade de fruta em pequenos espaços”, salienta Stürmer. No município, a atividade está implantada dentro de 29 áreas rurais, nas localidades de São João, Santana e São Roque.

Quanto ao clima, segundo o secretário, o temor maior fica para o momento em que a floração começar a transformação para a fruta. “Uma geada quando o pêssego estiver no processo inicial de desenvolvimento é prejuízo na certa”, alerta o secretário. Conforme ele, até o momento as temperaturas estão dentro da normalidade bem como as quantidades de chuvas. “O conjunto garantiu uma excelente floração nas variedades Marli e Chiripa, o que tem criado uma boa expectativa de produtividade, projetada no momento em até 7 toneladas por hectare, quantidade que vem se mantendo nos pomares do município nos últimos anos. Outro alerta feito pelo secretário, diz respeito a uma vistoria diária dos fruticultores nos pomares para que a aplicação de fungicidas e inseticidas aconteça na hora certa. “Quem não observar a prevenção corre o risco de ter perdas na produção por causa das doenças e pragas as quais a fruta é suscetível”, comenta Stürmer.

O secretário fala ainda da importância que tem o trabalho de descarte de frutas, onde é constatado um excesso delas nos galhos. “Deixar uma quantidade dentro das normas técnicas significa uma fruta mais sadia, pois não haverá uma divisão dos nutrientes em centenas de unidades. O equilíbrio no número significa uma fruta com maior qualidade, o que ajuda na hora da venda para consumo in natura”, complementa.

Mais da metade dos pêssegos produzidos no município é comercializada junto a consumidores da região, como Sarandi, Passo Fundo e Palmeira das Missões. A estimativa é que o restante é vendido dentro do próprio município produtor.

Fonte: Agrolink

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