Fruticultura e Horticultura

Produtores do PR estão apostando cada vez mais no cultivo da noz pecã

Em uma região dominada por lavouras de soja e de milho, o agricultor Ricardo Feline também busca o lucro em cima das árvores


Publicado em: 24/06/2013 às 17:20hs

Produtores do PR estão apostando cada vez mais no cultivo da noz pecã

Na base da pancada ele faz chover nozes pelo chão, sistema de colheita rústico, mas que funciona. Assim, Ricardo segue pé por pé, batendo e juntando até lotar as sacas com o produto.

Já são oito anos na atividade. O agricultor começou por acaso e com outros interesses, quando viu que além de sombra, as nogueiras também produziam fartura.

No Paraná, a safra da noz pecã dura cerca de três meses, começa em abril e termina em junho. Durante esse período, só no sítio de Ricardo, a produtividade foi de quase duas toneladas em pouco mais de 100 árvores.

Mal dá tempo de colher e a produção já está toda vendida. Em quase 90 dias, só o que sobrou foi um saco com pouco mais de 30 quilos, que o agricultor reservou para consumo próprio.

O sucesso de Ricardo na produção de nozes chamou a atenção de agricultores de outras cidades. Muitos se interessaram pelo cultivo e decidiram apostar.

Em outro sítio, as nogueiras foram plantadas no meio do pasto, aproveitando melhor os espaços da propriedade e trazendo sombra para o rebanho. Ortenila Capelari encontrou uma solução para dar mais conforto e livrar o gado do calorão da região.

Em toda a propriedade são mais de 500 pés. Na última safra, a produtividade foi de mais de 5 toneladas. O chão do pequeno galpão ficou forrado de nozes e tudo já está vendido.

O rendimento recompensa qualquer esforço. “Uma safra boa de nozes rende mais que duas safras de soja”, conta o agricultor Guilherme Capelari.

O quilo da noz pecã, com casca, é negociado por R$ 7. Sem casca, o valor sobe para R$ 33.

Fonte: Globo Rural

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