O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) certificou o registro do biofungicida Tricovab, para auxiliar os produtores de cacau no combate no campo ao fungo da vassoura-de-bruxa. A certificação encerra processo iniciado há 10 anos pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

Nesta quinta-feira (01), a gerência da Ceplac no Espírito Santo e a Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal) receberam profissionais da imprensa local para explicar os benefícios da liberação do Tricovab, desenvolvido a partir de técnicas que usam um fungo natural e antagônico ao fungo Moniliophtora perniciosa, causador da doença nos cacaueiros

O gerente regional da Ceplac, Paulo Roberto Siqueira, apresentou a atual situação da lavoura cacaueira capixaba e a queda na produção nos últimos dez anos decorrente do ataque da doença vassoura de bruxa nas plantações. Siqueira destacou a necessidade de união de toda sociedade para preservar a cultura do cacau e, consequentemente, as questões sociais, econômicas e ambientais relacionadas com a atividade. “O Tricovab será um grande aliado nessa luta pela recuperação do nosso cacau”, afirmou.

Para o presidente da Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), Maurício Antonio Buffon, a notícia, esperada há anos, anima o setor. “A liberação do Tricovab é uma luta antiga da Ceplac, da Acal e de todo setor cacaueiro. Agora, os produtores terão mais uma ferramenta nessa batalha contra a doença”, destaca Buffon.

O Tricovab é um produto natural que não causa agressões ao meio ambiente. Além disso, é comprovadamente eficaz quando diluído em água e pulverizado na plantação de cacau, já que inibe a reprodução do fungo da vassoura-de-bruxa em até 99% no solo e em quase 60% na copa das árvores do cacaueiro.