Em terras rurais valorizadas pela expansão imobiliária, a produção predominante é de cana-de-açúcar.
 
Estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA), mostra que 355 mil hectares nas 19 cidades que fazem parte do Escritório de Desenvolvimento Rural de Ribeirão (EDR), são destinados à cultura.
 
“O alto valor apresentado no EDR, também reflete as expectativas de lucro geradas pela produção nas terra da região e cana contribui para isso”, disse Felipe Pires de Camargo, pesquisador científico do IEA.
 
Ainda segundo o pesquisador, tradicionalmente, a região tem áreas rurais valorizadas pelas boas condições de clima, localização e produtividade.
 
Atraído por todos esses fatores, o vendedor Antônio Orioli, 58, e sua família decidiram comprar seu primeiro pedaço de terra, há 35 anos.

“Naquela época já era muito difícil, pois o valor da terra já era alto demais. Hoje, então, nem se fala”, diz o agricultor que tem uma produção de abacate em Jardinópolis.
 
“Mas investir alto naquela época compensava, porque aqui é um dos melhores lugares para a produtividade. Além do mercado consumidor ser forte e o escoamento da produção ser facilitado.”
 
A produção da família, que também tem terras em Altinópolis e Batatais, vai para todo o País.
 
Expansão

Já hoje, para conseguir expandir a produção familiar, Orioli teve de investir em terras em São Sebastião do Paraíso e Uberaba, Minas Gerais.
 
“Lá conseguimos investir porque o valor é mais baixo. Aqui na região é praticamente impossível o produtor comprar para expandir, só grandes empresas conseguem mesmo”, diz o produtor.
 
Medida para negociação também mudou

Tradicionalmente negocia em alqueires ou hectares, as terras rurais agora passaram a ser negociadas em medidas menores na região.
 
“Antes, a medida para a definição de preços era em escala mais alta. Hoje, com o interesse de construtoras, já se fala em metro quadrado, um padrão da construção civil”, afirma Genésio Abadio de Paula e Silva, vice-presidente do Sindicato Rural de Ribeirão