Publicado em: 09/01/2012 às 09:40hs
Ao avaliar o primeiro ano à frente da Câmara Setorial do Cacau, o presidente Durval Libânio aponta com otimismo os desafios para 2012, afirmando que o setor caminha para uma fase de expansão. Mas de acordo com Libânio, é necessário inovar processos e agregar valor ao produto, com a formação de arranjos produtivos focados na interface entre cacau, chocolate, turismo e conservação dos biomas brasileiros, principalmente Mata Atlântica e Amazônia.
Para fortalecer o cacau no mercado, a Câmara Setorial aposta no diálogo com diferentes atores sociais e na construção de uma agenda que fortaleça uma voz em torno das questões mais importantes para o setor. “A Câmara Setorial do Cacau quer ampliar a discussão sobre a sustentabilidade do negócio cacau, fortalecendo-a e tornando clara sua transversalidade”, afirma Libânio.
Prevenção
Em 2012 terá início o desenvolvimento de um plano de contingência para a Monilíase, uma doença, ainda não relatada no Brasil, que pode causar perdas de até 100% da produção do cacau. A ameaça vem de países próximos ao Brasil: Colômbia, Venezuela, e, principalmente, Peru, onde a doença é identificada a apenas 150 Km da fronteira que o país faz com o Acre. “O primeiro passo será um workshop, previsto para acontecer em março, em Brasília, onde os estados produtores de cacau deverão apresentar um plano para evitar que a doença, causada pelo fungo moniliophthora roreri, chegue às nossas plantações”, conta Libânio.
Este ano o setor deverá apostar ainda numa aproximação dos produtores com as agroindústrias de processamento, no sentido de promover o cacau e o chocolate como alimentos funcionais, que carregam em seu bojo uma grande responsabilidade socioambiental e agregam valor a toda cadeia no Brasil, que é o quarto maior consumidor mundial de chocolate e o quinto maior produtor de cacau em todo o mundo. Atualmente, o País produz cerca de 497 mil toneladas de chocolate, movimentando R$ 10 bilhões por ano na economia brasileira.
Colheita
A próxima colheita se antecipará em um mês e deverá ocorrer de março a julho, diminuindo, assim, o período da entressafra entre as colheitas. O outro período costuma ser de setembro a janeiro, quando o clima é mais favorável (chuvas bem distribuídas e temperatura média acima de 25 graus contígrados).
Fonte: Painel Florestal
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