Fruticultura e Horticultura

Mudas de cajueiro-anão precoce são disponibilizadas para agricultores familiares

A produtividade e a qualidade dos frutos são fundamentais para a comercialização e exploração da cultura do caju na região semiárida da Bahia


Publicado em: 18/09/2013 às 08:50hs

Mudas de cajueiro-anão precoce são disponibilizadas para agricultores familiares

Para dar suporte aos agricultores familiares, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), dispõe de um jardim clonal com plantas matrizes, que fornecem material de propagação para a produção de mudas enxertadas de cajueiro-anão precoce.
 
As mudas são produzidas no Centro de Formação de Agricultores Familiares do Território Semiárido Nordeste II (Centrenor), em Ribeira do Pombal. O Centro é administrado por técnicos da EBDA, especialistas em fruticultura.  Segundo o engenheiro agrônomo da EBDA, José Augusto Garcia, são produzidas, em média, 40 mil mudas de cajueiro-anão, por ano. “A produção é feita para dar suporte aos agricultores familiares que podem ter a cultura como alternativa de geração de emprego e renda, no período de entressafra das culturas temporárias”, comenta José Augusto.
 
Os materiais genéticos são provenientes da Embrapa Agroindústria Tropical, que viabiliza, através de pesquisas, o desenvolvimento, inovação e soluções para a sustentabilidade da cadeia produtiva do cajú. “São disponibilizados, no Centro de Formação da EBDA, materiais de alta qualidade em termo de castanha e pedúnculo (polpa da fruta), ideal para o potencial econômico da cultura”, diz José Augusto.  
 
No Centrenor, as mudas de cajueiro são preparadas em viveiro, e contam com estrutura adequada, indispensável para a obtenção da qualidade.  São ambientes telados, com área de 2 mil metros quadrados, que segue os padrões do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), respeitando-se os aspectos relacionados com embalagem, substrato, idade e fitossanidade.
 
São realizados no Centro, cursos de formação sobre cultivo do cajueiro, manejo da cultura e beneficiamento do fruto. A EBDA também é comprometida com a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) continuada aos agricultores que trabalham com a cajucultura, estimulando-os, através das atividades de Ater, a utilizarem técnicas para o melhor aproveitamento dos cajueiros, como a de substituição de copas, poda e adubação.  
 
São beneficiados com as mudas de cajueiro-anão, agricultores familiares que estão participando do Projeto Quintais Agroflorestais da EBDA, que tem como objetivo transformar áreas de 1.600 metros quadrados, dentro das propriedades, em espaços agroflorestais, com o cultivo de fruteiras e outras plantas adaptadas ao clima do semiárido.
 
Para este fim, o Centrenor também dispõe de mudas de espécies arbóreas como: Aroeira, Gonçalo Alves, Pau Ferro, Caraíba, Ipê Roxo, Ipê Amarelo, Trapiá, Maçaranduba (algumas destas ameaçadas de extinção), dentre outras, que podem compor a propriedade familiar produtiva. Forrageiras, a exemplo da gliricídea, leucena, algaroba e frutíferas nativas como mangaba, cambuí, cagaita, murici e araticum, completam as mudas que são disponibilizadas, anualmente, para agricultores familiares.