Fruticultura e Horticultura

Incentivo à cajucultura comercial em Mato Grosso

Trata-se de onze cultivares de cajueiro anão precoce enxertados, sendo eles: BRS 189; BRS 226 ou Planalto; BRS 253 ou BRS Bahia 12; BRS 265 ou Pacajus; BRS 275 ou BRS Dão; CCP 06; CCP 09; CCP 1001; CCP 76; Embrapa 50 e Embrapa 51


Publicado em: 25/03/2013 às 14:20hs

Incentivo à cajucultura comercial em Mato Grosso

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), de Campus Campo Novo do Parecis, em parceria com a Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), recebeu clones de Cajueiro Anão Precoce do Brasil para implantação do primeiro jardim clonal (propágulos), de sementes (porta-enxertos) e de Produção de Cajueiro para Agroindústria do Estado do Mato Grosso. Trata-se de onze cultivares de cajueiro anão precoce enxertados, sendo eles: BRS 189; BRS 226 ou Planalto; BRS 253 ou BRS Bahia 12; BRS 265 ou Pacajus; BRS 275 ou BRS Dão; CCP 06; CCP 09; CCP 1001; CCP 76; Embrapa 50 e Embrapa 51.

Ao todos são 220 mudas, sendo 20 unidades de cada cultivar, que serão espaçadas em 5,0m x 5,0m, aonde ocupará uma área de 5.500 metros quadrados. O objetivo desse projeto, que é coordenado pelo professor Marcus Damião de Lacerda, é a multiplicação dos clones por meio da propagação vegetativa das mudas (borbulhas, sendo gemas, garfos e estacas), através da enxertia (estaquia, borbulhia e garfagem) para atender agricultores e produtores interessados em diversificar suas propriedades, tanto com o fruto (castanha), como o pseudofruto (polpa). A área está disponível no Instituto Federal de Mato Grosso Campus Campo Novo do Parecis em forma de vitrine e modelo para visita do público-alvo do agronegócio da fruticultura tropical, em especial a cajucultura, que servirá para o ensino, pesquisa e extensão.

A cultura do cajueiro, encontrada em quase toda a região tropical do mundo, é originária do Brasil e cultivada, principalmente, na região Nordeste, principalmente nos Estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. O Brasil tem uma área plantada de cerca de 647.499 ha, com uma produção de 164.156 t de castanha e 1.640.156 t de pedúnculo, sendo o Estado do Ceará, o maior produtor, com uma área de 332.882 ha e uma produção de castanha de 80.896 t.

No Estado de Mato Grosso, a cultura comercial do cajueiro é inexpressiva pelo pouco conhecimento técnico. Recentemente no município de Jangada, na comunidade Vaquejador, foi montado um projeto piloto para extração da amêndoa da castanha de caju, na área do produtor rural, Américo da Guia Silva, que possui um plantio de 2,8 hectares de caju anão precoce. O projeto é executado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) vai capacitar mais de 20 produtores da comunidade que possui um plantio de 54 hectares de caju. De acordo com o produtor, o primeiro passo foi utilizar uma máquina manual de corte de castanha e conferir o melhor aproveitamento da amêndoa, sem perder ou quebrar. Ele explica que foram coletadas três toneladas de castanha e com o processamento pretende produzir 600 quilos prontos para o consumo. O técnico agropecuário da Empaer, Roberto Teixeira Damasceno, destaca que o município produz 64 toneladas de caju por ano, com uma produtividade média de 1.200 quilos por hectare e não aproveita o fruto de forma comercial. A intenção é montar uma cooperativa para utilizar também a polpa do caju.

Fonte: A Gazeta

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