Fruticultura e Horticultura

Frutas têm aumento de preço

Acréscimo atinge 50%, conforme vendedores na feira do Porto; clima ruim no Sul e Sudeste é causa


Publicado em: 29/06/2012 às 19:10hs

Frutas têm aumento de preço

As frutas provenientes das regiões Sul e Sudeste do Brasil estão chegando a Cuiabá com qualidade inferior às encontradas há alguns meses. O motivo deve-se ao clima em tais regiões, que após um início de ano seco já registram inclusive geada, como é o caso do Rio Grande do Sul. Segundo feirantes no Mercado do Porto, devido à falta de oferta por conta do clima os preços chegaram a aumentar mais de 50%, como é o caso do tomate também afetado. O fato levou as vendas a caírem 40% no local. Feirantes comentam que impasse entre governos brasileiro e da Argentina tem encarecido produtos também.

As regiões Sul e Sudeste do Brasil são responsáveis por 90% dos produtos hortifrúti consumidos pelo  mato-grossense. O quilo do tomate antes vendido a R$ 1,80 encontra-se na casa dos R$ 4,20. A uva, proveniente do Sul do país, por exemplo, era em março vendida em média a R$ 5 o quilo e custa cerca de R$ 12 o quilo, dependendo do tipo. A banana-maçã varia de R$ 2,80 a R$ 2,99 o quilo. A poncã, também conhecida como bergamota no Sul, R$ 2,25 o quilo. A maçã chega a R$ 5 dependendo da qualidade (gala, nacional, verde). O mamão R$ 2 e a laranja R$ 0,99 o quilo.

Conforme a feirante Cleuza Maria, de fato a qualidade caiu com os problemas climáticos. “Dependo da fruta e de onde ela vem, chega a faltar por não ter o suficiente para atender a demanda. Apesar disso, ao menos para mim as vendas aqui seguem estáveis”.

O feirante Robson Abreu frisa a perda de qualidade, todavia ele ressalta que às vezes é possível encontrar frutas e legumes com qualidade. “Do Rio Grande do Sul, onde há problemas com geada agora, tem produtos vindos com qualidade inferior. Às vezes conseguimos de Santa Catarina com boa qualidade. O clima não impacta só nisso mas também na produção e no preço. O tomate, por exemplo, pagava R$ 20 a caixa e vendia a R$ 1,80; hoje, pago R$ 40 e vendo a R$ 4,20. Esse aumento de preço fez com que as vendas caíssem 40%”.

A dona de casa Sunara Lira comenta ter reduzido a quantidade de frutas e legumes que compra. “Prefiro vir à feira mais de uma vez na semana, pois como estão com a qualidade um pouco inferior, mesmo colocando na geladeira, é mais rápido para estragar”, comenta.

ARGENTINA


De acordo com o feirante Robson Abreu, os entraves vividos entre os governos brasileiro e argentino nas exportações têm elevado os preços também. “A cebola que vendo aqui no Mercado do Porto é da Argentina. Antes dos impasses vendia o quilo a R$ 1,50 e hoje a R$ 3,30”.

Quem também enfrenta problemas com os produtos é o feirante Ari Diniz. “Tenho maçã que vem da Argentina e devido aos problemas nas fronteiras não tenho dificuldades em comprar”, revela.

Sul – As geadas que atingiram nos últimos dias o Rio Grande do Sul devem provocar um prejuízo aos citricultores do Vale do Caí. A perda, estimada em R$ 30 milhões, é a pior dos últimos 40 anos. A região concentra 75% da produção gaúcha de frutas cítricas, que tem na bergamota (poncã) sua principal cultura. A estimativa é que a produção no Vale do Caí reduzse no mínimo 60%, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Rural do Estado do Rio Grande do Sul (Emater-RS) e da Câmara Setorial de Citricultura da região.

Fonte: Folha do Estado

◄ Leia outras notícias