A espécie é nativa da região Amazônica e encontrada em abundância em Roraima, principalmente em áreas alagadas. A fruta, de casca roxa, opaca e sabor ácido, ainda é pouco conhecida pelos brasileiros, mas, por apresenta elevado potencial nutricional, é uma das grandes apostas para o estado e um dos objetivos de estudo da Embrapa.

Segundo o pesquisador da Unidade, Edvan Alves Chagas, Doutor em Produção Vegetal, com ênfase na área de Fruticultura, o trabalho é um marco para Roraima, pois permitiu conhecer uma espécie que já faz parte da pauta de exportação de outros países, devido ao elevado teor de vitamina C, além de possuir compostos antioxidantes que são benéficos à saúde humana, dentre os quais a prevenção do envelhecimento precoce. “Além disso, a pesquisa traz informações importantes para a tomada de decisões quanto ao uso, conservação e futuros projetos de melhoramento genética da cultura”, diz o pesquisador.

O trabalho, que contou com a parceria do estudante peruano Ricardo Manoel Bardales Lozano, foi iniciado em 2009 e concluído com a defesa da Dissertação de mestrado do estudante, intitulada “Caracterização intraespecífica da variabilidade biométrica de frutos em populações nativas de camu-camu”. O estudo foi orientado pelo pesquisador Edvan e foi defendido em 22 de fevereiro junto ao Programa de Mestrado em Agronomia da Universidade Federal de Roraima (UFRR). No Peru, o camu-camu já é bastante usado no preparo de sucos e doces, mas no Brasil ainda há pouca pesquisa na área.