Publicado em: 24/01/2012 às 13:00hs
Os editores técnicos são os pesquisadores Clóvis Oliveira de Almeida e Orlando Sampaio Passos. Participam ainda como autores os pesquisadores Walter dos Santos Soares Filho e Almir Pinto da Cunha Sobrinho (hoje aposentado).
“A citricultura brasileira precisa ter um novo modelo de desenvolvimento, mais diversificado e menos dependente do mercado externo de suco, que foi e continua sendo o seu principal produto”, afirma Clóvis Almeida. A preocupação se justifica: no exterior, o suco de laranja vem perdendo espaço para outros sucos.
Atualmente o Brasil é o primeiro produtor mundial de citros e o maior exportador de suco concentrado e congelado de laranja doce. Apesar disso, o consumo per capita na forma in natura ainda encontra-se abaixo dos padrões de outros países emergentes.
Vulnerabilidade
A forte concentração da produção no estado de São Paulo tem sido fonte de preocupação para os estudiosos, pois a incidência de doenças como o huanglongbing (HLB) – a mais severa da citricultura em todo o mundo – pode tornar a produção vulnerável. Uma alternativa seria o Nordeste, que tem condições adequadas ao cultivo de diferentes espécies e variedades cítricas e, consequentemente, potencial para expansão da cultura. “A multiplicidade de climas e solos dá a esta região certo privilégio, mas o ponto mais importante é a baixa incidência de doenças”, afirma Orlando Passos.
A citricultura brasileira também apresenta expressiva concentração de variedades copas e porta-enxerto utilizadas. Estima-se que o limoeiro Cravo responda por mais de 85% dos porta-enxertos, enquanto a laranjeira Pera é a variedade copa predominante. Em casos de doenças e pragas importantes, a monocitricultura pode causar forte impacto na sustentabilidade da cultura.
O conteúdo da publicação, ricamente ilustrada com fotografias, tabelas e gráficos, está dividido em sete capítulos: Produção brasileira de citros de uso industrial; O setor de processamento de suco; O mercado externo de frutas cítricas de mesa; O mercado interno de frutas cítricas de mesa; Necessidade de diversificação e alternativa de produção; Seleção de cultivares porta-enxertos para o nordeste brasileiro; e Comportamento de variedades cítricas na região da Chapada Diamantina, Estado da Bahia, Nordeste do Brasil.
Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura
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