Fruticultura e Horticultura

Dia para discutir a cadeia do pêssego

Iniciativa da Embrapa Clima Temperado reuniu autoridades na Expointer


Publicado em: 03/09/2012 às 13:10hs

Dia para discutir a cadeia do pêssego

Atrás de uma mesa repleta de produtos derivados do pêssego, reuniram-se diversos representantes de órgãos e instituições que, de alguma forma, se envolvem com a cadeia da fruta. Dentre elas, o Ministro de Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas; o presidente da Embrapa, Pedro Arraes; o chefe geral da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), Clenio Pillon; o assessor especial do Ministro do MDA, Nilton Pinho de Bem; a delegada Federal do MDA no Estado, Dalva Schreiner; o presidente da Emater/RS, Lino de David; e o presidente do Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel), Paulo Crochemore. O “Dia do Pêssego”, idealizado pelo MDA, Embrapa Clima Temperado e pelos representantes da cadeia produtiva, ocorreu na manhã do dia 30, no Pavilhão da Agricultura Familiar, na 35ª Expointer.

Na ocasião, Pillon agradeceu aos apoios a este setor emblemático da Metade Sul, que abastece 80% do consumo de pêssego em calda do Brasil, por meio de cerca de três mil produtores regionais. “A cadeia tem se movimentado e a Embrapa está junto neste trabalho”, afirmou. Desde a década de 50 a Embrapa vem desenvolvendo o melhoramento genético do pêssego, tendo originado mais de 50 cultivares. Grande parte do pêssego em calda produzido no Brasil utiliza esses materiais como matéria-prima. “A Embrapa se considera parte dessa cadeia que é tão importante para o país”, completa.

Ainda segundo Pillon, este é um momento importante à cadeia em função de algumas iniciativas, como o processo de Indicação Geográfica do pêssego, iniciado há dois anos; e a utilização do Sistema de Alerta para a mosca-das-frutas, que capacitou mais de mil produtores e técnicos no ano passado, em parceria com a Emater, prefeituras e indústrias. Políticas públicas em apoio à competitividade do setor, como o acordo de importação com a Argentina, também foram mencionadas. A união desses esforços, com apoio financeiro do MDA, resultou em bons números aos produtores e uma safra recorde de 63 milhões de latas. 

Para reafirmar essa integração, Pillon entregou às mãos de Pepe Vargas um plano com uma análise crítica do setor, com objetivo de identificar oportunidades e planejar ações estratégicas a médio e longo prazos. Pillon ainda reforçou ao ministro Pepe Vargas a importância do apoio do MDA à continuidade e ampliação das ações do Sistema de Alerta para a cadeira produtiva.

O presidente do Sindocopel, em nome do Sindicato e da Associação Gaúcha dos Produtores de Pêssego (AGPP), entregou uma placa em agradecimento e uma cesta com produtos derivados do pêssego ao Ministro do MDA pelos esforços realizados em prol do desenvolvimento da cadeia. Na ocasião, Crochemore aproveitou para solicitar ao MDA a inclusão do pêssego na Política de Garantias de Preços Mínimos para a Agricultura Familiar (PGMP-AF), a qual garante aos produtores um preço que possibilita a permanência do produtor na atividade. “Senão estaremos sempre inseguros. Era para estarmos comemorando a boa safra, mas continuamos preocupados. O trabalho é sofrido, mas poderia ser mais tranquilo na hora da comercialização”.

O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, se disse satisfeito em ver a integração pela resolução dos problemas da cadeia e parabenizou a todos pelo trabalho e pelos bons resultados. “A gente fica feliz com o fortalecimento de vocês e que a Embrapa esteja dando esse suporte tecnológico para essa cadeia produtiva tão importante”, completou.

O Ministro Pepe Vargas afirmou que a integração entre as diversas instâncias federais, estaduais e municipais é o arranjo que precisa ser feito para fortalecer e fazer com que o setor se desenvolva ainda mais. “Aqui está um exemplo de um conjunto de esforços.” Ainda, destacou o trabalho de pesquisa da Embrapa pela cadeia do pêssego e mencionou algumas políticas do MDA para desenvolver a agricultura familiar. Dentre elas, a criação anual de linhas de crédito aos produtores e a assistência técnica pública, retomada em 2003, mas que ainda precisa ser expandida ao restante do país. “Esse é um debate que vai acontecer nos próximos meses.” Também, reafirmou o interesse para manter a parceria entre Ministério e demais instancias para fomento da persicultura.

Fonte: Embrapa Clima Temperado

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