Publicado em: 06/01/2012 às 14:00hs
O presidente da Câmara Setorial do Cacau – órgão ligado ao Ministério da Agricultura –, Durval Libânio, avalia como positivo o seu primeiro ano à frente da Câmara e aponta os desafios para 2012, com otimismo, ao afirmar que o setor caminha para uma fase de expansão, desde que consiga inovar processos e agregar valor ao produto com a formação de arranjos produtivos focados na interface entre cacau, chocolate, turismo e conservação dos biomas brasileiros, principalmente Mata Atlântica e Amazônia.
Um dos fatores determinantes para o fortalecimento do cacau no mercado é a aposta da Câmara em fomentar o diálogo com diferentes atores sociais e em construir uma agenda que fortaleça uma voz em torno das questões mais importantes para o setor. “Apostando na aproximação com representantes de organizações ambientalistas, produtores tradicionais, agricultores familiares, assentamentos, bem como da sociedade civil e do prório governo, a Câmara Setorial do Cacau quer ampliar a discussão sobre a sustentabilidade do negócio cacau, fortalecendo-a e tornando clara sua transversalidade, uma vez que as condições do cultivo do cacau, bem como das políticas públicas que ditam seus movimentos, impacta a economia, o meio ambiente e o status de vida de milhares de produtores que ainda dependem desta prática – bem como de consumidores do cacau e de seus derivados”, afirma Libânio.
Em 2012 terá início o desenvolvimento de um plano de contingência para a Monilíase, uma doença, ainda não relatada no Brasil, que pode causar perdas de até 100% da produção do cacau. A ameaça vem de países próximos ao Brasil: Colômbia, Venezuela, e, principalmente, Peru – onde a doença é identificada a apenas 150 Km da fronteira que o país faz com o Acre. Para Libânio, prevenção é a palavra de ordem. “O primeiro passo será um workshop, previsto para acontecer em março, em Brasília, onde os estados produtores de cacau deverão apresentar um plano para evitar que a doença, causada pelo fungo moniliophthora roreri, chegue às nossas plantações”, conta.
A notícia faz parte do panorama inicial que se pode traçar para a cacauicultura para o próximo ano, quando o setor deverá apostar, de forma incisiva, numa aproximação dos produtores com as agroindústrias de processamento de cacau e chocolate, no sentido de promover o cacau e o chocolate como alimentos funcionais, que carregam em seu bojo uma grande responsabilidade socioambiental e agregam valor a toda cadeia no Brasil – 4º maior consumidor mundial de chocolate e 5º maior produtor de cacau em todo o mundo. O Brasil é também o país que mais aumentou o consumo “per capta” da iguaria nos últimos cinco anos, de acordo com informações da Câmara Setorial do Cacau. Atualmente, o País produz cerca de 497 mil toneladas de chocolate, movimentando R$ 10 bilhões por ano na economia brasileira.
Colheita
No próximo ano, a colheita se antecipará em um mês e deverá ocorrer de março a julho, diminuindo, assim, o período da entressafra entre as colheitas – o outro período costuma ser de setembro a janeiro, quando o clima é mais favorável (chuvas bem distribuídas e temperatura média acima de 25º).
Fonte: Yes Assessoria de Comunicação
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