Publicado em: 20/04/2012 às 13:40hs
Neste período pode-se encontrar a fruta em muitas ruas e avenidas da cidade, com preços muito variados, mas nunca tão baratos. O sabor adocicado e ao mesmo tempo azedinho da fruta atrai muitos clientes para o consumo da iguaria de época.
NOMES DIFERENTES
Pinha no Sudeste, fruta do conde, entre outros, pra nós mato-grossenses, também existem essas divergências, mas em sua maioria é apenas Ata. Rica em proteínas, a fruta é o sucesso da estação.
Por ser uma fruta de clima quente, ela é perfeita, não apenas para o cultivo em larga escala. É muito comum encontrar ao menos um pé de Ata nos quintais, das casas mato-grossenses.
Michael Luiz Melim é vendedor de um viveiro em Cuiabá, segundo ele, a procura por mudas de ata é constante, “A maioria das pessoas procura essas mudas para fazer um pomar em casa mesmo, assim, em pouco menos de dois anos, já não irão gastar dinheiro para comprar, já que a ata é uma fruta cara”, argumenta Michael. O vendedor alerta, que essa é uma fruta que atrai muitos insetos e pragas, portanto é sempre bom procurar as orientações de um agrônomo, para que os frutos possam nascer e crescer com qualidade.
A feirante Juceli Conceição, trabalha no mercado do Porto e na avenida Miguel Sutil há três anos vendendo ata. Ela afirma que, nesta época, não existe outra fruta que venda mais que a ata. “Aqui no mercado tem muita concorrência, e os preços são variados, mas lá na avenida Miguel Sutil eu só vendo ela, as pessoas nem questionam o preço, toda hora tem gente comprando”, comenta a feirante.
Daniel Santana também é feirante e vende ata há mais de 12 anos. Ele diz que vende outras frutas da região, mas destaca que a ata representa para ele cerca de 80% da renda de sua família. Daniel compra a fruta de cidades próximas de Cuiabá, inclusive de Reserva do Cabaçal. Observando a possibilidade de aumentar seu lucro, Daniel buscou informações junto à Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Lá obteve todas as orientações necessárias para iniciar o próprio cultivo. “Fui em busca de informações, porque em breve quero ter minha renda 100% vinda da produção de ata na época de safra, e essa renda virá da minha propriedade”, destaca Daniel.
Daniel relata ainda que busca incentivar os outros produtores do assentamento Gamaliel, localizado em Cuiabá onde mora. “Quero mostrar para meus vizinhos e amigos produtores que a ata é um excelente negócio e que vale a pena investir”, finaliza Daniel.
Fonte: Folha do Estado
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