A colheita estende-se até outubro, finalizando com a bergamota-montenegrina. Conforme a Emater/RS-Ascar, a previsão é de uma safra igual a do ano passado, de mil toneladas, que serão comercializadas na região, através da venda na propriedade ou diretamente ao mercado consumidor.

“As frutas apresentam ótima qualidade, devido ao clima favorável até o momento, com chuvas dentro da normalidade”, explica o agrônomo da Emater/RS-Ascar de Cotiporã, Valfredo Reali.

É o que a família Peterle, dos irmãos Mateus e Marcos, moradores da comunidade de Sagrado Coração de Jesus, à beira do Rio das Antas, está constatando na colheita das tangerinas da variedade caí. Com adubação, tratamentos fúngicos e raleio adequados, os irmãos pretendem colher, só da variedade caí, 1.800 caixas. A produção total de citros da propriedade, incluindo também as variedades pareci e montenegrina e as laranjas-de-umbigo, deverá chegar a 6 mil caixas de 22 a 25 kg.

Para os produtores, a prática do raleio é fundamental para que as frutas atinjam um bom tamanho. A comercialização é feita diretamente nos mercados da região, por garantir melhor valorização, afirmam os irmãos Peterle. O assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, João Villa, salienta, ainda, que a ocorrência de dias quentes e noites frias favorecem o equilíbrio da relação acidez/açúcares, realçando o sabor das frutas e diferenciando-as das produzidas em regiões de clima quente, como São Paulo.