Segundo entidades e comerciantes do setor, o período é favorável para o aumento entre 40% e 60% da produção, o que reflete diretamente nas vendas entre meados de setembro até o fim de outubro, quando começam as chuvas de fim de ano e os preços voltam a normalidade.

"A chegada da primavera não é a principal data para setor", explica o economista e responsável pela Seção de Economia e Desenvolvimento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) Flávio Godas. "Mas a estação garante maior variedade de flores e aumento na produção, o que resulta na queda dos preços", afirma. "Esse percentual representa redução de 10% a 15% em relação às outras épocas do ano", continua, ao enfatizar que a redução varia de acordo com a região do comércio e se ele é atacado ou varejo.

De acordo com o secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo (Sindiflores), Marcos Alexandre, apesar da produção de todos os tipos de flores durante todo o ano, muitas dependem de estufas para o cultivo, o que não é necessário durante a primavera. "A produção aumenta de 40% a 60%, e os preços ficam mais convidativos", afirma.

Dados que podem ser conferidos com as expectativas de baixa nos preços que serão aplicados no e-commerce também, como é o caso da Floricultura on-ine Giuliana Flores. Segundo o fundador da empresa, Clóvis Souza, os valores sofrerão queda logo após 30 de setembro - Dia da Secretária. "Normalmente, nesse período, com a demanda de flores, dentro do on-line o preço chega a ficar até 30% mais barato", diz o empresário. "No mês de outubro teremos uma campanha de até 50% de desconto em diversos tipos de flores com expectativa de aumentar as vendas em até 20%".

Dia de Finados

A data que já foi considerada a terceira melhor para o setor no ranking de vendas, atualmente ocupa a quarta posição. De acordo com Godas, enquanto o Dia das Mães e o dos Namorados são responsáveis pelo aumento de 40% e 12%, respectivamente, e o Dia Internacional da Mulher alcança a mesma meta, as vendas no Dia de Finados não devem aumentar mais de 10%.Mudanças nos hábitos sociais seria a razão, segundo Marcos Alexandre. "No dia das mães, só elas ganham flores, no 12 de junho são as namoradas, já no Dia da Mulher, todas ganham, inclusive em empresas", explica. "Por outro lado, está acabando a tradição de familiares visitarem os túmulos de seus entes", finaliza.