Publicado em: 10/05/2024 às 19:00hs
O Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio, é tradicionalmente associado à compra de flores, especialmente rosas. No Paraná, essa tendência é clara: em 2022, a produção comercial de rosas em dez municípios totalizou 285,9 mil dúzias, gerando um faturamento de R$ 3,8 milhões. Esse número representa quase o dobro do volume registrado em 2013, quando a produção somou 146 mil dúzias.
Às vésperas do Dia das Mães, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, divulgou um relatório sobre o setor de floricultura no estado. Segundo Paulo Andrade, engenheiro agrônomo e analista do Deral, os números refletem um mercado em crescimento. "Mesmo com um número relativamente pequeno de agricultores atuando no setor, a floricultura paranaense mostra sinais claros de aquecimento, o que beneficia as regiões onde a atividade está estabelecida", afirmou ele.
Em 2022, a floricultura no Paraná gerou um Valor Bruto de Produção Agropecuária de R$ 224 milhões, com gramados e plantas perenes representando 76,8% desse total. Dentro do segmento de flores, as orquídeas, crisântemos e roseiras foram as espécies mais populares, respondendo por 13% do valor bruto, com outras 35 espécies completando o restante.
O município de Araruna, no Centro-Oeste do estado, foi o maior produtor de rosas, com 110 mil dúzias e um faturamento de R$ 1,5 milhão em 2022. Marialva ficou em segundo lugar, com 100 mil dúzias. A produção de rosas para corte no Paraná evoluiu consideravelmente nos últimos dez anos, consolidando-se como uma das principais atividades do setor de floricultura.
Além do crescimento na produção de flores, o boletim do Deral traz informações sobre outras culturas agrícolas no Paraná. A produção de arroz para a safra 2023/24 está estimada em 10,5 milhões de toneladas em todo o Brasil, com o Paraná contribuindo com cerca de 120 mil toneladas. No entanto, a tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul, o maior produtor do país, com 7,5 milhões de toneladas estimadas, pode impactar esses números. Apesar disso, o Brasil já é um importador do cereal e pode ampliar as compras para garantir o abastecimento nacional.
No caso do feijão, a colheita atingiu 34% da área estimada em 402 mil hectares. A região Sudoeste, a principal produtora, enfrentou problemas com excesso de chuvas, resultando em brotamento precoce dos grãos ainda na vagem, o que afetou a qualidade do produto.
Para o milho de segunda safra, a análise de campo mostra uma piora, com 64% das lavouras em condição boa, uma queda em relação ao período anterior. O plantio de trigo alcançou 27% da área projetada de 1,14 milhão de hectares, com 94% das lavouras apresentando condições boas.
As exportações de carne bovina do Paraná atingiram 189,9 mil toneladas em março, com um preço médio de US$ 4,43 por quilo. Apesar de as exportações terem aumentado, os preços no mercado interno permaneceram estáveis.
Para a carne suína, os principais destinos foram Hong Kong, Uruguai, Cingapura e Argentina, que importaram 32.973 toneladas no primeiro trimestre de 2024. No caso do frango, o preço médio ao produtor caiu 2,8% em abril, atingindo R$ 4,46 por quilo. Em relação a abril do ano passado, a queda foi de 8,2%.
O boletim do Deral também destaca a exportação de ovos. No primeiro trimestre de 2024, o Paraná exportou 2.906 toneladas, com um faturamento de US$ 11,6 milhões, ficando atrás apenas de São Paulo. O Brasil, como um todo, exportou 11.937 toneladas, gerando US$ 39,8 milhões em receita.
Esses dados revelam um panorama diversificado do setor agropecuário no Paraná, com crescimento em diferentes segmentos, apesar dos desafios climáticos e de mercado enfrentados pelo setor agrícola e pecuário.
Fonte: Portal do Agronegócio
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