Feijão e Pulses

Tecnologias para o feijoeiro EPAMIG realiza dia de campo em Pitangui

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) realizou nessa quinta-feira (23), dia de campo sobre feijão, na Fazenda Experimental da Empresa em Pitangui (FEPI), na região Centro-Oeste de Minas Gerais


Publicado em: 28/08/2012 às 07:20hs

Tecnologias para o feijoeiro EPAMIG realiza dia de campo em Pitangui

De acordo com o gerente da FEPI, Francisco Olavo Coutinho, o evento teve como objetivo divulgar tecnologias para produção de feijão e resultados de pesquisas desenvolvidas na Fazenda. “Contamos com a participação dos alunos do Instituto Técnico de Agropecuária e Cooperativismo/EPAMIG, produtores rurais e técnicos da região”, disse. Durante as três estações de campo, os participantes conheceram sobre produção e manejo da cultura do feijoeiro, qualidade da semente de feijão e doenças e pragas nessa cultura.

O pesquisador da EPAMIG Egon Faccion palestrou sobre o tema “Qualidade de sementes”. Ele falou sobre a importância da escolha da semente e sobre a interação de fatores genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários na qualidade das sementes. Também foi apresentado por técnico da Emater-MG dados do Programa Minas Sem Fome. É por meio desse Programa que a EPAMIG distribui sementes de ótima qualidade aos produtores.

 “Doenças e pragas da cultura do feijão” foram apresentadas pelo pesquisador da EPAMIG Fábio Daniel Tancredi. Segundo Fábio, elas são as maiores responsáveis pela baixa produtividade no Brasil. Ele destacou, ainda, a importância da utilização do manejo integrado no combate às pragas e doenças.

Já o pesquisador da EPAMIG João Roberto de Mello Rodrigues palestrou sobre “Produção e manejo da cultura do feijoeiro”. Segundo ele o Brasil é o maior produtor de feijão do mundo, com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas. O consumo interno é de aproximadamente 17 kg per capita/ano. Ele também apresentou a importância da escolha da variedade, do local, dos tratos culturais do solo e o manejo da cultura para se obter uma produção de qualidade.

Após as apresentações, os participantes visitaram a área experimental e puderam observar as características em destaque na cultura do feijoeiro.

Melhoramento do feijão

Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão do Brasil. Perde apenas para produção do Paraná. O estado tem aumentado o rendimento das cultivares devido ao plantio de outono/inverno, da terceira safra. O pesquisador da EPAMIG Zona da Mata Trazilbo José de Paula, que integra o Programa de Melhoramento do feijão em Minas Gerais, avalia que, na época da seca, o produtor, que cada vez mais investe em tecnologia, é beneficiado com uma safra de alta produtividade. “Atualmente, a média brasileira está entre 800 kg/hectare e 900 kg/hectare, estando Minas Gerais com produtividade entre 1.100 kg/hectare e 1.200 kg/hectare, principalmente por causa dessa terceira safra e das cultivares disponibilizadas ao longo dos últimos anos.

Com a formalização de convênio entre EPAMIG, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Lavras e Embrapa, desde 2002, foram desenvolvidas e lançadas cultivares melhoradas de feijão para Minas, sendo a cultivar BRSMG Talismã a primeira. Em seguida, a Ouro Vermelho e as três novas cultivares lançadas por último: BRSMG Madrepérola, BRSMG Majestoso e BRSMG União. Atualmente, o Programa conduz ensaios de: 26 tipos de cariocas, 16 pretos e 20 grãos especiais. A cada dois anos é feita uma comparação final e, então, selecionadas as linhagens mais bem avaliadas: no campo são realizados testes de resistência à doenças, resistência à seca, colheita, porte, adaptabilidade; no laboratório,  teste de cozimento, teor de proteína, qualidade e culinária.