Feijão e Pulses

Redução do Preço Mínimo do Feijão Afeta Plantio no Brasil

A decisão da CONAB desestimula a produção em meio a desafios financeiros e falta de seguro agrícola


Publicado em: 17/07/2024 às 13:40hs

Redução do Preço Mínimo do Feijão Afeta Plantio no Brasil

O Brasil enfrenta uma diminuição na produção de feijão-carioca irrigado neste ano, em comparação ao período anterior. Apesar da promessa de formação de estoques reguladores, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) optou por desestimular o cultivo ao reduzir o preço mínimo do produto. Essa situação evidencia que os brasileiros não dependem exclusivamente do governo para garantir o feijão em suas mesas.

Para um governo que recentemente sinalizou a possibilidade de importar feijão, a decisão de diminuir o preço mínimo é um contraste significativo com suas declarações. Além da ausência de seguro agrícola, que já é um desafio, e das altas taxas de juros no plano safra, a redução do preço mínimo representa uma nova complicação. O valor do feijão-carioca caiu 1,10%, passando para R$ 181,23, enquanto o feijão-preto sofreu uma queda de 4,16%, estabelecendo-se em R$ 152,91. Embora a diminuição seja pequena, ela reflete a falta de sensibilidade dos gestores em relação à realidade do setor.

Se não fossem os grandes produtores irrigantes que assumem os riscos da produção, os preços estariam em ascensão. No entanto, o afastamento do governo da produção permite que os mecanismos de oferta e demanda desempenhem um papel fundamental na regulação do mercado e na definição de preços. Nesse contexto, a estratégia dos produtores e exportadores em buscar mercados internacionais para os excedentes se mostra como o melhor caminho a seguir. Aumentar a área destinada ao feijão-preto e depender de um preço mínimo de R$ 152,91 para a regulação do mercado seria uma estratégia arriscada e insustentável.

Fonte: Portal do Agronegócio

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