Desses, os feijões branco e sempre-verde são mais valorizados com melhores preços no atacado e varejo. Conforme dados da Conab, a segunda safra mato-grossense de feijão será de 181 mil toneladas e a variedade carioca representa apenas 1/4 dela. A maior parte é composta por feijão-de-corda (caupi). A previsão da Conab é que o Estado colha nas 3 safras da leguminosa em 2012, 232,2 mil toneladas.

Diferente dos demais, o agricultor Mateus Eduardo Gonçalves Viana há cerca de 6 anos investe na plantação da variedade sempre-verde. Viana é um dos maiores produtores da região de Primavera do Leste, com 5 mil hectares plantados este ano, mil a mais que em 2011. “O mercado é complexo, este ano aumentei a área e certamente vou ter mais ganho, não poderia prever que haveria problema de produção no Nordeste. Porém, no ano que vem não posso dizer que vou manter a mesma área”. O produtor diz que o destino de todo feijão que produz é um só, o Ceará. “Todos os anos, 100% de todo o feijão que planto são vendidos para este comércio e se plantássemos mais, acredito que comprariam também, porque faz parte da culinária daquele estado”.

O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma das culturas de elevada relevância socioeconômica para o Brasil, maior produtor e consumidor mundial dessa leguminosa, atingindo uma produção de 3,79 milhões de toneladas na safra 2010/2011 (Conab, 2011), e sendo cultivado em praticamente todos os estados brasileiros.

Segundo pesquisas da Embrapa Médio Norte, a escolha correta da cultivar para um determinado ambiente e sistema de produção é de grande importância para a obtenção de uma boa produtividade. Contudo, isso por si só não é suficiente para o sucesso da exploração. É necessário, também, que a cultivar tenha características de grão e de vagem, que atendam às exigências de comerciantes e consumidores.

Alguns aspectos importantes devem ser considerados na escolha de uma cultivar de feijão-caupi, entre eles o ciclo, que é superprecoce: maturação em até 60 dias; precoce: 61-70 dias; médio: 71-90 dias; médioprecoce: 71-80 dias; médio-tardio: 81-90 dias; e tardio: maturação acima de 90 dias.

Outro aspecto é a arquitetura da planta: porte ereto: ramos principal e secundários curtos, com estes formando um ângulo de agudo a reto com o ramo principal; semi-ereto: ramos principal e secundários curtos a médio, com estes formando um ângulo reto com o ramo principal. semi-prostrado: ramos principal e secundários médios, com estes tocando o solo: e prostrado: ramos principais e secundários longos, com estes tocando o solo. Por fim a e ação a doenças (viroses, fungos e bactérias) e pragas (pulgões, trips, cigarinha verde, vaquinhas, mosca branca, mosca minadora das folhas, percevejos, lagartas e carunchos). Além dos tipos de produção: grãos secos ou feijão verde.