Feijão e Pulses

MT: Começa colheita de feijão em Mato Grosso

Mato Grosso está entre os Estados brasileiros com maiores áreas cultivadas com feijão de segunda safra (safrinha), conforme análise da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), com 165 mil hectares


Publicado em: 05/06/2012 às 11:40hs

MT: Começa colheita de feijão em Mato Grosso

O primeiro é o Paraná (209 mil ha), depois vem Ceará (596,4 mil), Minas Gerais (152mil ha), Paraíba (93,3 mil ha) e Pernambuco (134 mil ha). No município de Primavera do Leste (231 Km ao Sul de Cuiabá), um dos maiores do estado no plantio da leguminosa, produtores de feijão caupi - também conhecido como feijão-de-corda - estão começando a colheita nesta semana, com expectativa do aumento na produtividade de 66%. Isso porque no ano passado foram colhidas 20 sacas por hectare, sendo esperado para este ano 30 sacas/ha.

Na avaliação do produtor Flábio Ricardo Pawlina, que aumentou a área plantada de 650 hectares (ha) no ano passado para 1.050 ha em 2012, um dos motivos principais deste aumento foi o maior volume de chuvas deste ano. O que reflete tanto em uma maior produção do feijão comum, como carioquinha e caupi que, por serem oriundos do Norte e Nordeste do país, têm a particularidade de não exigir muita água para se desenvolver. “Há cerca de 6 anos alguns produtores aqui da Grande Primavera começaram a plantar o feijão caupi, investindo em pesquisa, com novos materiais de controle de doença e incidência de insetos, objetivando melhorar a produtividade já olho nas tendências e exigências de mercado. Hoje podemos dizer que deu certo”.

O produtor destaca ainda a vantagem do feijão caupi poder ser plantado em um terceiro ciclo. Depois de concluída a colheita da soja, no início de fevereiro, os produtores aproveitam a chuva para plantar o milho e no final deste mês - quando o período das águas está quase no final - entram com a cultura do feijão de corda. Este ano, a menor oferta de produto no mercado devido a diminuição da área cultivada na primeira safra e com a queda da produção no Paraná e Rio Grande do Sul, em função da estiagem prolongada, fez com que os preços do produto subissem para patamares bastante altos. A estimativa é que a saca, que no ano passado estava em cerca de R$ 200,00 chegue em R$ 250,00. A grande maioria dos agricultores que planta o caupi comercializa com estados do Nordeste, a maioria já vendeu praticamente toda a produção em função da excassez do produto naquele região.

O feijão-caupi é um dos principais componentes da dieta alimentar nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, especialmente na zona rural. Somente as cultivares de caupi geradas pela Embrapa Meio-Norte, em parceria com outras instituições do sistema cooperativo de pesquisa, ocupam 30% da área total cultivada no país (1.451.578 ha), gerando milhares de empregos diretos e renda. Atualmente, já se dispõe de um vasto acervo de informações tecnológicas para o feijão-caupi. Por meio do programa de melhoramento genético, foram desenvolvidas várias cultivares comerciais, ampliando o mercado e as formas de uso do produto.

Fonte: A Gazeta

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